A recente tragédia envolvendo o desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, que conectava Aguiarnópolis, no Tocantins, a Estreito, no Maranhão, expôs uma alarmante realidade: o Brasil possui 727 pontes federais em condições estruturais críticas ou ruins, representando 12,5% do total dessas edificações.
O estado do Ceará lidera esse preocupante ranking, com 77 pontes nessa situação, seguido por Pernambuco, Minas Gerais e Pará.
A responsabilidade pela manutenção dessas estruturas recai sobre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A omissão ou negligência na conservação pode acarretar responsabilidade civil e penal para as autoridades competentes. Conforme o Código Penal Brasileiro, causar desabamento por negligência pode resultar em punições severas, especialmente se houver vítimas fatais.
Além disso, a responsabilidade civil do Estado por omissão é amplamente reconhecida. Quando o poder público deixa de realizar a manutenção necessária, resultando em danos à população, surge o dever de indenizar. A teoria do risco administrativo estabelece que a administração pública responde objetivamente por danos causados por sua omissão, salvo em casos de culpa exclusiva da vítima ou força maior.
Diante desse cenário, é imperativo que a sociedade adote uma postura mais crítica e participativa. A passividade diante de respostas evasivas das autoridades perpetua a negligência e coloca vidas em risco. É fundamental que os cidadãos exijam transparência, fiscalização rigorosa e ações concretas para a manutenção das infraestruturas públicas. Somente com uma sociedade engajada e vigilante será possível assegurar que tragédias como a da ponte Juscelino Kubitscheck não se repitam.
Para uma compreensão mais aprofundada sobre a gravidade da situação das pontes no Brasil, recomenda-se assistir ao seguinte vídeo do UOL:
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