A eclosão da Operação Lava Jato no Brasil e das investigações por parte do Ministério Público Suíço levaram os bancos da Suíça a aumentar o controle sobre contas de brasileiros no país. Em alguns casos, chegam até a se recusar transferências de político ou funcionário público brasileiro.
No total, mais de mil contas em 42 bancos e com US$ 800 milhões foram bloqueadas na Suíça, num dos maiores casos de corrupção já investigado no país. Entre os correntistas estavam o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-marqueteiro do PT, João Santana.
O banco Lombard Odier foi um dos que abriu contas para ex-dirigentes da Petrobras. O ex-diretor da área Internacional da estatal Jorge Zelada e o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco também eram correntistas na instituição.
Segundo as investigações, menos de quatro meses após a deflagração da Operação Lava Jato, em 25 de julho de 2014, Zelada solicitou a transferência de valores da Suíça para Mônaco. "Jorge Luiz Zelada, após a deflagração das primeiras fases ostensivas da Operação Lava Jato, a fim de ocultar os recursos ilícitos que mantinha na Suíça", aponta o documento subscrito pelo delegado Filipe Hille Pace.
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