Seguindo o pensamento de Bolívar Lamonier fica fácil entender que as sementes da raiva estão bem à vista na política brasileira. Essa raiva surgiu na era Lula, robusteceu-se na esteira da recessão, do empobrecimento do País, do desvendamento da corrupção e desabrocharam para valer com o enfrentamento de 2018 entre o bolsonarismo e o petismo na esfera nacional e entre o grupo de Roberto Costa (herdeiro de João Alberto) e o de Zé Vieira (cuja imagem foi usada por uma oposição sem líder).
Pois é, essa raiva não é privilégio da política nacional não. Em Bacabal também temos a linguagem do nós contra eles. Só não consigo entender quem são “nós” ou quem são “eles”.
Bem, se no Brasil “nós” são os boquirrotos que acompanham o presidente Bolsonaro, eu não sou “nós”, com certeza, mas se “eles” são a turma do Lula, que assaltaram o Brasil, eu não sou “eles”.
Em Bacabal, se “nós” são os governistas que se calam enquanto os donos do poder saqueiam os cofres municipais, eu não sou “nós”, com certeza, mas se “eles” são a turma da oposição que se calam enquanto suas empresas recebem contratos vultuosos da prefeitura, certamente eu não sou “eles”.
Então, se não sou “nós” e nem “eles” clamo a vós que como eu não se enquadram. Não vamos permitir calarem nossas vozes.
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