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sexta-feira, fevereiro 09, 2024

GORDOFOBIA.

Durante o período que ocupou uma cadeira no 1°escalão de Lula, Flávio Dino foi constantemente alvo de ofensas gordofóbicos. 

Após sua indicação ao STF, ataques cresceram 30% nas redes. Na semana que o presidente confirmou o seu nome, um levantamento da Arquimedes identificou 14,5 mil publicações gordofóbicas contra Dino em três plataformas — X (antigo Twitter), Facebook e Instagram. 

Mas não é apenas um ataque político contra Dino. Na semana anterior, foram registrados cerca de 11,5 mil conteúdos com esse tipo de discriminação foram identificados pelos pesquisadores.

Sem entrar no mérito de quem é bom ou ruim, o certo é que o preconceito existe e é incentivado por políticos da direita brasileira. Em postagens curtidas por parlamentares da oposição como Carla Zambelli (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS), Dino foi chamado de “comunista obeso” e “baleia”. 

Esse comportamento também se reflete em parte da imprensa: Uma fala da comentarista da emissora Jovem Pan, Paula Schmitt, foi amplamente divulgada e elogiada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quando a jornalista afirmou que o ministro foi indicado à Suprema Corte por cumprir a “cota de obesidade”.

—Todo dia tem uma maldade em cima de mim, a de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no ministério, é aquela que diz que eu queria dar golpe, mas some com vídeos.

O antropólogo Ricardo Tassilo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que este tipo de preconceito ocorre quando os adversários não têm argumentos para criticar:

— A gordofobia ocorre quando não é possível atacar as ideias, a dialética ou a retórica de alguém. Daí, o agressor parte para a subjetividade, para o corpo. 

É essa a regra da lacração das redes sociais. Terra de poucos leitores, mas de ferozes comentaristas.

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