sexta-feira, janeiro 17, 2025

SINAIS DO AMANHÃ - A MULHER DELE VAI REPRESENTÁ-LO.

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 16, que a mulher dele, Michelle Bolsonaro, vai representá-lo próximo dia 20 na posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington. 

Bolsonaro teve o pedido de devolução do passaporte negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O ex-presidente já deve estar se acostumado com a ideia de que não poderá ser mais o personagem principal. 

Em entrevista à Revista Oeste, o ex-presidente afirmou que Michelle viajará no sábado, dia 18, e "terá um tratamento bastante especial" devido à "consideração" e à "amizade construída durante dois anos" entre ele e o presidente americano eleito.

"É comum quando você está no poder ter seus amigos, e, quando deixa o poder, 90% vai embora, quando não lhe viram as costas", disse ainda Bolsonaro, afirmando que com Trump "isso não aconteceu".

Nesta quinta-feira, a quatro dias da cerimônia, o ministro Alexandre de Moraes negou a devolução do passaporte, apreendido desde fevereiro de 2024, quando o ex-presidente foi alvo da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal para investigar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Na decisão, Moraes ressaltou haver possibilidade de "tentativa de evasão" de Bolsonaro, "para se furtar à aplicação da lei penal". O ministro destacou que o ex-presidente vem defendendo a fuga do País e o asilo no exterior no caso dos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro.

Particularmente acho que expressar opinião não é crime e nenhum cidadão deve ser privado do seu direito de ir e vir, sem um justo receio de obstrução da justiça.
Essa é a nova realidade da nossa democracia: no passado o ex-presidente tratava contra a democracia e o novato presente, o STF atenta contra a liberdade de cidadãos, sem qualquer condenação.

Quanto ao passaporte, apenas do ponto de vista jurídico, concordo com o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não viu "interesse público" que justificasse a flexibilização da restrição imposta ao ex-chefe do Executivo, indiciado por crime de golpe de Estado.

O chefe do Ministério Público Federal (MPF), Paulo Gonet, afirmou que a viagem pretendia "satisfazer interesse privado" de Bolsonaro, o que não é "imprescindível".

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