Lula é aconselhado a escolher Eduardo Paes como vice na chapa de presidente para 2026
Lideranças do PT sugerem que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), componha a chapa de reeleição de Lula como vice-presidente em 2026. A ideia, articulada por nomes como Washington Quaquá (vice-presidente do PT), busca ampliar a aliança com partidos de centro como o PSD e até setores do MDB. Paes, que hoje lidera as pesquisas para o governo do Rio, é visto como político hábil, moderado e capaz de dialogar com diferentes segmentos, incluindo o eleitorado evangélico e conservador. A proposta ainda está em discussão e não há definição oficial.
Análise: Vantagens e Desvantagens de Eduardo Paes como Vice de Lula
Vantagens:
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Alcance regional estratégico: O Rio de Janeiro é um estado-chave na política nacional. Ter um nome forte da região como vice pode ajudar Lula a recuperar votos num eleitorado que tem oscilado entre direita e esquerda nas últimas eleições.
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Ampliação da base de apoio: Eduardo Paes é filiado ao PSD, partido que tem influência significativa no Congresso e nos estados. A presença dele na chapa pode facilitar alianças com centro e centro-direita.
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Perfil conciliador: Paes tem um estilo pragmático e diplomático, o que pode ajudar a reduzir tensões políticas e dialogar com segmentos que resistem ao discurso mais ideológico do PT.
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Conexão com setores estratégicos: Ele tem bom trânsito entre empresários, setores evangélicos moderados e mídia do Sudeste — elementos essenciais para uma campanha nacional competitiva.
Desvantagens:
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Conflito de ambições locais: Paes é o favorito para disputar o governo do Rio em 2026. Ao aceitar ser vice, ele abriria mão de uma eleição quase garantida, o que pode gerar resistência dentro do próprio PSD-RJ.
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Risco de enfraquecer o PT no Rio: Se Paes deixar a cena estadual, o PT pode não ter um nome forte o suficiente para concorrer ao governo do estado, onde a disputa com bolsonaristas deve ser intensa.
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Alianças complexas: Apesar da boa relação com Lula, Paes tem histórico político flexível. Em 2018, apoiou Ciro Gomes; em outros momentos, se aproximou do PSDB. Isso pode gerar desconfiança em setores mais ideológicos do PT.
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Desgaste administrativo: Como prefeito do Rio, Paes também enfrenta críticas sobre transporte público, urbanismo e segurança. Esses temas podem ser explorados por adversários na campanha nacional.
A escolha de Eduardo Paes como vice de Lula é uma jogada estratégica que pode trazer ganhos importantes em articulação política e votos no Sudeste, mas envolve riscos de curto e médio prazo, tanto para a campanha presidencial quanto para os interesses locais do PT e do próprio PSD.
A decisão exigirá habilidade política e visão de longo prazo.
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