19/07/2025

 


MUNDO
Dinamarca quer transformar seu rosto em propriedade legal

(Imagem: antipixel)

Você saberia dizer com 100% de convicção qual imagem é do verdadeiro Tom Cruise? Talvez não — e isso é uma tendência cada vez mais forte no mundo.

Um teste realizado com 2 mil pessoas pela empresa de software iProov mostrou que apenas 0,1% consegue distinguir conteúdos reais dos chamados deepfakes.

Pensando nisso, a Dinamarca pretende mudar a lei nacional para que cada cidadão tenha controle sobre seu próprio rosto, voz e corpo.

O plano é usar regras de direitos autorais para combater deepfakes — vídeos, áudios e imagens criados por AI sem consentimento.

  • De pornografia não consensual a golpes financeiros, os deepfakes estão virando um problema grave ao redor do mundo.

Pela proposta, plataformas serão obrigadas a remover conteúdos falsificados, e os afetados vão poder pedir indenização. Quem postar, no entanto, não será punido — por enquanto.

A medida também protege artistas de terem suas performances clonadas por AI, abrindo um precedente inédito na Europa, justamente quando a Dinamarca assume a presidência do Conselho da UE.

Diferente de outros países que tratam o tema via código penal, o país europeu quer usar o direito autoral para garantir que cada pessoa tenha propriedade sobre sua própria identidade digital.

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