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Foto: Júlio Aguilar FIFA |
Foi uma jornada épica até aqui. O Fluminense, clube centenário das Laranjeiras, transformou o improvável em história viva. Superou os gigantes nos campos da América e segue rumo ao maior palco do futebol de clubes: o Mundial.
A campanha do Fluminense no Mundial de Clubes 2025 foi marcada por equilíbrio, superação e uma vitória histórica. Na fase de grupos, o tricolor carioca estreou com um empate sem gols contra o Borussia Dortmund, depois superou o Ulsan Hyundai por 4 a 2 em um jogo ofensivo e vibrante, e fechou a primeira fase com outro empate por 0 a 0 diante do Mamelodi Sundowns. Com cinco pontos, garantiu a segunda colocação no Grupo F e avançou às oitavas de final. Lá, brilhou ao vencer a Inter de Milão por 2 a 0, em atuação segura e corajosa, consolidando-se como um dos protagonistas do torneio.
A vitoria nas quartas foi celebrada como símbolo da força e da identidade de um time que joga com alma e representa com dignidade o futebol brasileiro no cenário mundial. O Fluminense venceu o Al Hilal por 2 a 1, em partida disputada no Camping World Stadium, em Orlando, marcando uma nova página histórica. Após um início tenso, Matheus Martinelli abriu o placar ainda no primeiro tempo, em chute forte no ângulo. O goleiro Fábio brilhou defendendo penalidade assinalada erroneamente. No segundo tempo, Marcos Leonardo empatou para os sauditas, mas o herói da campanha, Hércules, marcou o gol decisivo aos 70 minutos, aproveitando mudança tática de Renato Gaúcho e garantindo a vitória. O Al Hilal ainda pressionou, mas o Flu segurou o resultado, consolidando-se como o primeiro semifinalista do torneio, em momento de enorme protagonismo para o clube brasileiro .
Num torneio onde se misturam as potências financeiras e técnicas da Europa com os campeões dos demais continentes, o Fluminense chega à semifinal como representante solitário do futebol brasileiro — e com ele, leva a camisa ensopada de suor, a poesia de um jogo bem jogado e a esperança de um país inteiro.
Talvez o menos provável dos brasileiros, o mais lírico dos campeões, é quem agora enfrenta os colossos do Velho Mundo. Chegar até aqui já foi vencer. Representar o Brasil com dignidade e coragem diante dos maiores da Europa é missão que poucos sustentariam — mas o Fluminense sustenta com a leveza de quem sabe que já escreveu história.
Aos amigos Garcia, Antônio Carlos e tantos outros tricolores ilustres, ficam os nossos sinceros parabéns. Vocês estão vendo o seu time honrar não só as três cores, mas também a alma do nosso futebol.
Agora, somos todos uma só nação: verde, branco e grená.