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13/04/2015

Para iniciar a semana, uma crônica de amor perdido.

Entrou no botequim sem dar atenção ao falatório em volta, sem se importar com tanta gente para testemunhar seu descontrole, caminhou firme até a mesa onde ela estava com outro, um outro que ele parecia não conhecer, e bradou tão forte, tão forte, que o bar inteiro percebeu a gravidade da cena e silenciou: 

- Toma! Isto é seu!

E derramou sobre a mesa um punhado de coisas, e a veemência de seu gesto deixou adivinhar que eram relíquias de um amor desfeito. Um par de brincos talvez esquecido no banheiro dele; um molho de chaves, quem sabe as da casa dela; um papel de bala; um pote de creme; um pequeno saco plástico transparente que permitia ver dentro dele uma calcinha vermelha; um isqueiro; um batom; uma folha manuscrita amarrotada de caderno com uma repetição em sequência de dois nomes, certamente o dele e o dela, um em vermelho, outro em preto, Fulano e Cicrana, Fulano e Cicrana, Fulano, e Cicrana...
- Fique calmo... - ela pediu, embaraçada, enquanto o outro, a seu lado, permanecia parado e sem reação.
O outro não era o único paralisado. Só os dois se moviam no bar. Por um momento, o botequim inteiro ficou congelado como num comercial de TV. Era como se um copo estivesse prestes a se estilhaçar no chão, e não caísse, continuasse suspenso no ar, em estado de cinema, sob efeito de uma câmera de alta definição.

Quase se ouvia o pulsar apressado dos corações de um e de outro, a respiração arfante, o som do piscar dos olhos desesperados dele....
Até que um gol na TV reduziu o fim do caso de amor deles à continuidade da vida, e o copo prestes a cair se despedaçou no chão, e todos em volta retomaram o falatório, e nada mais ele disse, e nada mais ela disse, e ele saiu sem olhar pra trás.

Do blog Botequim da Lapa

2 comentários:

  1. Muito boa crônica, amigo! Parabéns pelo Blog!!!
    Grande abraço.
    Sua colega e amiga desde a infância,
    Rosimar Melo.

    ResponderExcluir
  2. Mto boa crônica, amigo!
    Parabéns pelo blog, mto bom!
    Um grande abraço da colega e sempre amiga,
    Rosimar Melo.
    P.s.: apareça na Ba com a família!

    ResponderExcluir

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