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domingo, fevereiro 22, 2015

POR ONDE ANDARÁ ROGÉRIO ?


Amigos de Bacabal
São Luis e região
Aconteceu um problema
De difícil solução
Um blogueiro advogado
Inteligente, letrado
Ninguém sabe, ninguém viu
A procura é com critério
Mas cadê Dr. Rogério?
Gente, o homem sumiu!

Procurei pelas noitadas
Nos bares mais afamados
Jornalistas e repórteres
Estão todos preocupados
Perguntei pra Raimundinho
Pra Jackito, pra Paulinho
Pra Janete, Pascoal
E até para Lambal
Que com toda educação
Disse que a situação
Envolve um grande mistério
E começou a gritar
“Caralho, eu já fechei o até meu bar”
Como sei, cadê Rogério?

Fui até seu escritório
A porta estava fechada
Perguntei pra vizinhança
Ninguém soube dizer nada
Nem seu motorista Alex
Nem seu sogro Monteirinho
Nem Abel, nem Jota Erry
Nem Louremar, nem Serginho
Perguntei para o Hermano
Que me disse em voz macia
Que o nosso Dr. Rogério
No momento reunia
Com uma turma bem legal
Pra botar tudo em dia
E formar a diretoria
Do time do Bacabal.

Na fazenda de Getulio
Lá não estava não
Apelei pra Osmar Noleto,
Pra Randyson, pra Salomão
Pra Nando e Bento Vieira
Todos na televisão.
Fui direto no seu Blog
E vi a coisa parada
Pois tem dois meses, certinho
Que o homem não posta nada
Mas como gosta de farra
Das festas em Bacabal
Vamos procurar o cabra
Da Trizidela ao Ramal
E pra acabar o mistério
Vai ser fácil achar Rogério
Nos dias de carnaval 
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Jeová, o Beiçola

Por Edgar Moreno*

Dificilmente alguém vai dizer que não o conhece. Dificilmente haverá um da terrinha que já não tenha topado com ele por aí pelo Restaurante do Povo, pelo Armazém Paraíba, pelo Banco do Brasil, pelo Posto São Camilo... Dificilmente o leitor não já tenha sido abordado por ele a pedir-lhe “dois real p’a interá...” Quando você não topa com ele, ele topa com você. Não há escapatória.

De segunda a segunda, de domingo a domingo, de festa em festa, de rua em rua, de noite ou de dia, de repente, ele surge do nada, todo pachola e preto, magro e esquelético, às vezes numa breve carreirinha, mas sempre com um banguelo sorriso, nunca triste. Ele é Jeová, o Beiçola, como ele próprio faz questão de dizer. Ele conhece todos: do pobre ao rico, do doutor ao leigo, do playboy ao mala, e não há nenhum lugar, por mais chique que seja, que Jeová não tenha acesso livre: da Blitz à Tia Preta, do Brahmeiros ao Caipirinha, do Shopping Avenida à Bolívia... Ele é ele, figura folclórica já carimbada por seu jeito, sua voz pueril, sua amizade e peripécias.

Ele pede, fuma, usa... Pede de novo, corre à Trizidela. No outro dia a mesma ladainha. E não há polícia que o barre, que o flagre. É provável que todos os civis e militares o conheçam e o estimem, que todos os ébrios e boêmios tenham-lhe dado algum troco, é até famoso nos vídeos do You Tube, e num vídeo já o vi chorar quando achou 50 reais; enfim, é uma afiguração concreta e boa do submundo da Terra das Bacabas... 

E aqui lembro que já me questionaram porque os poetas e escritores se “inspiram” em “coisas” como os loucos, drogados e mazelas da cidade ao invés de se importarem com a juventude “top” e belezas da city. O fato já teve de chegar ao ponto da exigência e do narcisismo: “Por que não fazer uma poesia pra mim? Eu mereço.” Sinceramente eu não sei responder e talvez nem convencesse o leitor se tentar fazê-lo.

Mas digo que a literatura tem dessas coisas. Vai surgindo, tomando corpo e de repente se realiza. Mas também, nada vem do nada. Tudo há de ser fecundado. E esta crônica o foi, naturalmente, pelo próprio Jeová. Como assim? Ele chegou ali pelo “Fim da Tarde”, restaurante da Maria, ao pé da ponte metálica. Como se sabe, a cerquinha verde-amarela é um prático aviso de que ali mala não deve entrar, mas Jeová não se vê como um mala. Em sua própria lei, tem passagem livre, entra e sai, canta e disfarça a pedir os fregueses. Sai e volta quando quer.

Naquela tarde eu almoçava ali com minha família. Aguardávamos famintos. Ele foi chegando e de longe foi logo se derretendo de simpatia ao meu filho:

—Ramiiiiro, tu tá grandão, muleque. Eu te vi desse tamainho, brother! Olávia, garota,taí só no “selfie”, hein! —E se achegando mais próximo de mim, foi dizendo meio baixo:

—‘fessor’, eu  encabulado com o sinhô, viu? Nunca mais me botou numa poesia sua. Ri disso. Ele se referia à crônica “No restaurante do povo”, publicada meses atrás e de cujo jornal ele me fez dar-lhe um exemplar, esbanjando enorme satisfação aos seus afetos. Mas logo ele ataca baixinho, com uma breve olhadela aos donos do bar:

—‘fessor, dá aí dois real p’a mim interar...

—Tem trocado não, Jeová. Da próxima vez.

E ele jogando três moedas de um real sobre a mesa:

—Toma aí o troco. Dá aí cinco conto.

Sorrimos. Ele também. Marinalva deu-lhe os cinco reais e recolheu o troco. Num instante, o preto evaporou-se como um gás. Carreirinha... Carreirinha... Voz largada... Sorriso banguelo, todo feliz...

—Isso dá uma crônica — disse eu ainda vendo o Beiçola ir-se rua afora...

*Heterônimo de Costa Filho, da Academia Bacabalense de Letras. (Crônica publicada na edição impressa do jornal O Mearim, jan/2015).

quinta-feira, fevereiro 19, 2015

LÁ A JUSTIÇA É IMPLACÁVEL.

Robert Luskin, criminalista americano:
Petrobras pode ser punida nos Estados Unidos
(Foto: Gilberto Tadday)
Um dos maiores criminalistas dos Estados Unidos afirma que as investigações do petrolão em seu país serão profundas e podem levar a uma severa punição de empresas brasileiras
Entrevista a Malu Gaspar publicada em edição 2410 de VEJA
O criminalista Robert Luskin é um personagem típico de Washington: integrante do primeiro time da advocacia americana, circula entre republicanos e democratas com a mesma desenvoltura e conhece como poucos os meandros da burocracia governamental.
Sua maior especialidade é a lei que pune corporações internacionais por pagar propina para obter contratos, o Foreign Corrupt Practices Act.
Nesta entrevista a VEJA, ele informa que as investigações sobre o petrolão nos Estados Unidos vão desvendar toda a extensão do esquema. 

'O impacto da Lei Anticorrupção brasileira vai depender de como era será aplicada - Se valer para poucos de nada adiantará.'

quarta-feira, fevereiro 18, 2015

NEM TODO MUNDO SABE...

Nem todo mundo sabe, mas rádios e TVs abertas no Brasil operam com concessões públicas. 

É comum as pessoas pensarem que as emissoras de rádio e TV são donas dos canais e que podem fazer deles o que bem entendem.  

Aconteceu no domingo de carnaval, na praça São José mais popularmente conhecida como praça do bolo, um concurso de blocos carnavalescos em Bacabal, realizada pela TV Difusora de Bacabal. A premiação oferecida foi de 10 mil reais para os blocos vencedores do concurso. 


Opinião do







Sempre afirmei que todas as iniciativas de apoio a cultura e de desenvolvimento local terão meu integral apoio.



Infelizmente nossa cidade apenas tem recebido sinais de mal uso dos meios de comunicação. 

As emissoras precisam, de uma autorização do Estado, ou seja, uma concessão pública. 

Está no artigo 21 da Constituição Federal: 

“Compete à União (...) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão (...) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens”.

Nossas TVs pouco valorizam seus profissionais, não lhes pagando nem mesmo seus direitos básicos. Sua programação tem servido apenas de promoção pessoal de seus proprietários, servindo-lhes de trampolim político.

Essa prática não é usada apenas pelo Deputado Roberto Costa não. Foi inaugurada por Zé Vieira e tem sido seguida por todos os nossos políticos. 

Em tese, rádio e televisão estão na mesma categoria que os serviços de energia elétrica, de navegação aérea, de transporte ferroviário e rodoviário, por exemplo. No entanto, diferentemente destes serviços, a radiodifusão opera sem critérios claros e com privilégios estranhos a um sistema democrático. 

Fica então o meu alerta aos proprietários de TVs no Maranhão: uma hora o povo vai entender que televisão e rádio é concessão de serviço público e vai pedir a punição de seus administradores pelo seu mal uso.


segunda-feira, fevereiro 16, 2015

ADVOGADOS LIVRES DOS PRAZOS NA FOLIA DE MOMO.

O desembargador Bernardo Rodrigues é o plantonista do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) a partir da sexta-feira (13) até o dia 22 (domingo).
O plantão será mantido para o atendimento das demandas urgentes – habeas corpus, mandados de segurança, agravos de instrumento e suspensão de liminares.
O expediente no Judiciário do Estado do Maranhão será suspenso nos dias 16 (feriado forense), 17 (carnaval) e 18 de fevereiro (quarta-feira de cinzas - ponto facultativo), conforme Resolução nº 031/2014 do Tribunal de Justiça, publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJe), no dia 20 de outubro de 2014. Os prazos processuais iniciados ou encerrados nesse período serão automaticamente prorrogados para quinta-feira (19).

AGRADECIMENTO AOS AMIGOS.

Agradeço a todos os amigos as constantes cobranças quanto a minha presença, seja física ou no blog. Especial agradecimento ao meu amigo, cantor, compositor, poeta e blogueiro Zé Lopés pela bela homenagem reproduzida abaixo.

Quanto ao blog, apesar das mais diversas atribuições profissionais, entendi que não tinha o direito de tirar dos meus seletos leitores esse espaço democrático.

Portanto, como temos muitos blogs que nos atualizam todos os dias, vou voltar a dar opinião nos assuntos do dia a dia e abrir espaço para a opinião de todos.

Obrigado.

Rogério Alves.

SUSTENTABILIDADE