Por: Liduína Tavares (Cadeira n° 11 - Academia Bacabalense de Letras)
O que vale
A vida
Quando a Vale
Soterra?
Mais vale
A vida inatura
Ou o desenvolvimento
Da Vale?
O capital
Que mais vale
Não pode ser
O da Mais-valia da Vale!
Valha-me, Deus!
Pois que a vida ainda valha
Mesmo que para a Vale
Não valha!
Vale de lágrimas
De lamas invasoras
Tomou o nosso país
E das Minas se apossou,
Pousada no Maranhão
E (des)vale a vida indígena
Oh! Vale de lágrimas
De lama escorrida.
Que será do Rio Flores
Aquela barragem, vale?
Livra-nos, Deus
De sangrar esta ferida!
Alertem-se autoridades
A barragem do Rio Flores
Pode ser bomba de pavio aceso.
Não vale, fingir não existir!
O capital que sustenta a Vale
Apoia-se no poder:
Político, jurídico
Mas saber isto o que vale?
Sangra a terra devastada
A alma ensanguentada
Mas a vida o que que vale?
E a Vale...!
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