Vivemos um período em que pensar diferente é motivo de raiva.
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"Se eu não concordo, está errado! E você (que não pensa como eu) merece se dar mal."
Basta navegar por alguns minutos na internet para presenciar inúmeras e incontáveis cenas de intolerância, das mais variadas.
Basta navegar por alguns minutos na internet para presenciar inúmeras e incontáveis cenas de intolerância, das mais variadas.
Parece que não é possível ter opiniões divergentes, sem que isso cause um problema entre as pessoas.
Se eu sou contrário a redução da menoridade penal, é porque eu nunca fui vitimado, violentado e etc e que, portanto, deveria passar por uma situação como essa para ver o que é bom e começar a pensar que os adolescentes devem ser presos. Ou, então, tenho que pegar esse menor e levá-lo para casa, já que tenho tanta dó dele.
De outro lado, se falo sobre as drogas, sou um “drogadinho” que só pensa em benefício próprio e que tá doido para sair por aí usando drogas. Ou, então, tenho que ser vítima de um usuário de drogas para saber o quanto a droga é ruim para a sociedade.
Se eu sou a favor da homossexualidade, sou um “viadinho”; e se sou contra sou homofóbico. Se defendo a liberdade de expressão e critico a forma de atuação da “igreja”, sou “cristofóbico”; e, se defendo o posicionamento religioso, sou xiita, fanático, dentre outras.
O fato de eu ter uma opinião contrária a sua não me torna melhor ou pior do que você, apenas demonstra que pensamos diferente ?
Essa introdução é do artigo de um advogado capixaba Pedro Magalhães Ganem, mas serve para o nosso dia a dia na, hoje nada pacata, cidade de Bacabal.
Amigos sentam-se em restaurantes para distrair e logo vem a confusão. O debate vira gritaria e se chega as vias de fato. Não há respeito pelo contrário e até onde eu sei, são as discordâncias que fazem uma sociedade mais justa.
Entramos em grupos de redes sociais para socializar, mas na primeira opinião logo vem um ataque a pessoa e não a ideia. Não há como se chegar a solução de um problema se não se discute sobre ele e sobre as suas consequências, mas é impossível ter solução quando a discussão descamba para a acusação pessoal.
Certo que quanto mais informação, mais justiça será feita,mas não se há de confundir informação com ofensa, calunia ou difamação. Qualquer blog, programa de rádio ou TV tem servido como palanque político ou para denuncias infundadas sobre pessoas, sem qualquer direito ao contraditório ou defesa.
Menos intolerância e mais respeito com a opinião contrária.
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