Com o fim da Era Trump marcada pela cerimônia de posse de Joe Biden em Washington o Brasil começa a assistir uma guerra ideológica que divide hoje e dividirá ainda mais a população brasileira até 2022.
A posse do presidente Americano foi sem público por causa da pandemia de coronavírus e sem a presença do presidente Donald Trump, que se recusou a ir. A postura de negação da realidade de lá já é muito comum aqui no Brasil, mas assim como no EUA se assistiu a uma inédita invasão do Capitólio, aqui no Brasil já assistimos uma versão tupiniquim com o ataque do STF feito com fogos de artifício. Cena cômica por sinal, mas com um simbolismo trágico.
Nós Estados Unidos já se superou 400 mil óbitos e Biden já anunciou que o enfrentamento ao coronavírus será uma das maiores prioridades do seu governo. Aqui o presidente fica choramingando derrotas pessoais como se fossem batalhas de interesse público. Para o povo brasileiro não interessa a nacionalidade da vacina, mas simplesmente a vacina. Não interessa o governante que aparece na foto, mas o fato da haverem pessoas tomando a vacina.
A chegada de Biden e Harris ao poder simboliza transformações nos Estados Unidos. Lá a primeira-dama Jill Biden será a primeira a seguir trabalhando enquanto o marido estiver na Casa Branca. Diferente daqui, em que a postura misógina de Bolsonaro reduziu sua esposa a uma figura decorativa que e fútil que inaugura exposição de roupas da posse. Lá, a vice presidente Kamala Harris representa a inversão de papéis: ela será não apenas a primeira mulher, como também a primeira pessoa negra e de ascendência indiana a ocupar o segundo posto. E, com ela, os EUA terão um segundo-cavalheiro: Doug Emhoff. Sinais dos novos tempos.
Estamos deixando para trás o obscurantismo, o negacionismo e a aversão a diversidade.
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