A democracia é mesmo fantástica. Qualquer bobão pode dizer o que quiser e ainda temos que ouvir educadamente. É assim mesmo que tem que ser, mas as vezes eu me pergunto qual é o limite?
Veja essa história.
O pastor evangélico Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus, divulgou a venda de sementes de feijão prometendo que, se cultivadas, elas trariam a cura para covid-19.
Cada semente de feijão era anunciada por mil reais e ainda houve quem comprasse.
A justiça brasileira, apesar de muito criticada, nao ficou de olhos fechados e o MPF, denunciou o pastor por prática abusiva da liberdade religiosa, além de colocar em risco a saúde pública ao estimular a população a utilizar um produto sem nenhuma evidência científica.
Nossa democracia é tão séria que as vezes até parece piada. O juiz Leonardo Henrique Soares, da Justiça Federal de São Paulo, acolheu parcialmente um pedido do Ministério Público Federal e determinou que o Ministério da Saúde faça 'referência expressa', em comunicado oficial veiculado no site da pasta, às sementes de feijão que o pastor evangélico Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus sugerem usar para combater a covid-19. O magistrado deu cinco dias para que a decisão seja cumprida.
Vejam bem, mesmo com toda a evidente de crime, o juiz não mandou prender o pastor, e ainda lhe permitiu provar a eficácia da semente. Mas para ser justo, quem controla a saúde é o Ministério da Saúde e cabe ao governo informar a população se 'há ou não eficácia comprovada do artefato (sementes de feijão/feijões) no que tange à covid-19'.
Com todo respeito aos fiéis dessa e de todas as igrejas, eu quero ver como o governo federal vai se comportar diante da fraude do pastor, já que é líder de uma das igrejas de maior apoio à Bolsonaro.
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