Uma vez, Marina escreveu um artigo para a imprensa chamado “O improvável e o imprevisível”.
Um título quase premonitório. Foi seis anos atrás, ela ainda estava no PT. Citava várias vezes a filósofa alemã Hannah Arendt para criticar a arrogância dos partidos, que se consideram donos da energia política da sociedade.
Eis um trecho, editado:
“O sentido da política é a liberdade. Os cidadãos e cidadãs estão criando uma política livre, viva, na academia, nos movimentos culturais, no consumo consciente, na internet, nas empresas, nas ONGs, nas igrejas. O grande desafio da democracia é criar espaços múltiplos de participação política, nos quais os partidos sejam parceiros e não guias. Os homens, enquanto puderem agir, são aptos a realizar o improvável e o imprevisível. É o que a sociedade brasileira está fazendo. E os partidos ainda não se tocaram”.
Marina escreveu isso em 2008.
Por que será mesmo que tem tanta gente com medo dela?
Fonte: Revista Época.
Por: Ruth de Aquino
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