O hall onde fica uma pequena cafeteria na Câmara dos Deputados costuma ser um termômetro do que está ocorrendo na Casa. Nos dias normais, está cheio de parlamentares, lobistas, servidores e repórteres.
Quando algo está para estourar, fica esvaziado.
“Algo grande vem por aí”, alertou o experiente analista, na tarde desta quinta-feira.
A análise dele demonstra bem o turbulento momento da crise política e, em especial, os movimentos e divisões de um protagonista, o PMDB, que ganha holofotes pelas oscilações —ora de maior tom governista, ora oposicionista—, e pelo papel de cada um de seus caciques no cenário: o vice-presidente, Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha – este último às voltas com novas denúncias contra ele na Operação Lava Jato.
Em Bacabal também existe um racha no PMDB. O deputado Federal Alberto Filho (que defende a reeleição de seu pai Zé Alberto em 2016) perdeu o diretório local para o vereador Serafim Reis (que defende a eleição do deputado Estadual Roberto Costa).
O que quase ninguém sabe é que nem Zé Alberto (que se filou ao PRB 10) e nem Roberto Costa são os principais nomes da sucessão municipal. O mentor de tudo é um certo João que passa e repassa as ordens da política bacabalense há mais de trinta anos.
Como digo sempre, vivemos em um feudo e somos vassalos sem saber.
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