Foi essa a avaliação de Nelson Jobim, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), em palestra, justamente, sobre eleições e reforma política em que participou, na quarta-feira (9), quando da abertura da Semana Jurídica do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo.
Falou brevemente sobre as restrições de um financiamento público eleitoral: "O sistema empurrará boa parte [das campanhas] para a ilegalidade".
Jobim citou como exemplo uma candidatura que, chegando à reta final, se visse com o caixa vazio Segundo o ex-ministro, é provável que um partido não interrompa seu planejamento nessas circunstâncias, mas busque mais recursos e, depois, verá como prestar contas.
Jobim foi ministro da Defesa de Lula e da Justiça de Fernando Henrique Cardoso. Comentou que, tradicionalmente, a política brasileira operava pela lógica da conciliação. "Nós combinávamos a raiva", afirmou, provocando risadas na plateia. "Tínhamos um entendimento para a construção de soluções."
Hoje, disse, "introduziu-se o ódio, uma variável que não tinha".
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