O
juiz Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, revogou
nesta terça-feira (3/7) as medidas cautelares contra o ex-ministro da
Casa Civil José Dirceu. A decisão
foi tomada por ordem do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal
Federal, para quem Moro desobedeceu ordem da 2ª Turma do STF ao impor
cautelares a Dirceu.
Responsável pela operação “Lava Jato” no Paraná, Moro havia, de ofício (sem nenhum pedido), mandado,
na sexta-feira (29/6), o réu ir de Brasília a Curitiba colocar
novamente uma tornozeleira eletrônica. Isso porque a 2ª Turma do STF
mandou soltar o ex-ministro, que cumpria pena antecipadamente desde maio
deste ano.
Mas a suspensão da execução provisória não significou o
retorno do processo à situação anterior, como justificou Moro, mas sim a
concessão de liberdade plena a José Dirceu. Houve, portanto, afronta à
decisão do Supremo, conforme ficou decidido por Toffoli.
A posição mostra que o "superjuiz" não possui mais isenção necessária ao julgamento dos petistas. Só para lembrar, o mesmo juiz já divulgou grampo telefônico da Presidência da República; já autorizou condução coercitiva sem nenhuma motivação legal e agora afronta uma decisão do STF apenas para ter mídia.
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