Em uma conversa com dois professores Doutores da UEMA, Raimundo Sirino e Magda Núcia, levantou-se a questão sobre o maior consumidor mundial de agrotóxicos e eu, mero expectador dessa conversa, questionei sobre a quantidade segura do uso desses pesticidas.
A propósito do tema, a professora da Fio Cruz Karen Friedrich, confirma a fala dos meus amigos e diz que o consumo de agratóxico no Brasil triplicou a intensidade do uso por hectare.
Essa reportagem, portanto, não é uma bandeira contra as grandes produtoras de alimentos, mas apenas um alerta, pois comer produtos orgânicos ajuda a reduzir o uso de agrotóxicos. Além disso, com mais oferta o preço melhora.
“Quanto mais eu vendo, quanto mais eu produzo lá na roça, mais eu consigo oferecer preço para o consumidor final. Esta é a regra do mercado do bem”, diz Anita Santoro, produtora rural. É o Mercado do bem que deve crescer alimentado por crianças conscientes, aprendendo desde cedo a valorizar aquele antigo jeito de cultivar a terra.
Em Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre, o trator revira o solo e enterra a palha do arroz - um adubo natural. Em meio a essa mistura, dezenas de espécies de aves buscam alimentos no solo livre de veneno. É dessa terra, de pequenos agricultores assentados pela reforma agrária, que saem toneladas de arroz orgânico. Esse ano foram 470 mil sacas, 20% mais que no ano passado.
Sem gastar dinheiro com agrotóxicos e adubos químicos, o custo de produção de arroz orgânico sai pela metade do arroz convencional. Esse arroz da vai pra merenda de escolas e hospitais públicos.
Fica então a dica para uma atuação conjunta das Secretarias Municipais de Saúde, a de Agricultura, a de Emprego e Renda e a de Meio Ambiente. Incentivem a criação de canteiros orgânicos e ajudem na organização de agricultores familiar, na produção e na comercialização desse tipo de alimento.
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