Apelidado na ciência política americana de “Mr. Democracy”, o professor de Stanford Larry Diamond defende que as forças democráticas se unam no Brasil e estabeleçam limites claros à participação política dos militares.
1. Uma vereadora assassinada, tiros na caravana do ex-presidente Lula, a facada em Bolsonaro. Qual é o significado disso para o Brasil?
Eu só posso dizer o óbvio. É extremamente doentio e perigoso quando a violência política é dirigida de forma assassina contra pessoas envolvidas em política. Isso desencoraja pessoas a entrar na política, desilude, polariza a política e radicaliza seus atores. É um alerta, para todo o espectro político, de que é preciso condenar isso, mesmo que a pessoa atacada seja alguém com quem discordamos veementemente. Fiquei chocado e profundamente preocupado quando li as notícias sobre o ataque a Bolsonaro. Não gosto de suas políticas e estou preocupado sobre o que ele representa para a democracia brasileira, mas também me preocupo com o padrão que está sendo estabelecido, pelo qual os políticos se tornam alvos de violência. É muito perigoso.
2. Como o senhor vê o fenômeno Jair Bolsonaro?
Eu diria que o Brasil não deveria minimizar o risco de uma figura populista de direita com tendências autoritárias — e ligações au- toritárias com o passado — ser eleita presidente e colocar em peri- go a liberdade, o estado de direito e os direitos humanos no Brasil daqui para a frente
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