O juiz Sergio Moro tornou público nesta segunda-feira partes da delação premiada na qual o ex-ministro da Fazenda petista Antonio Palocci afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia dos esquemas de corrupção para desviar verba da Petrobras para o PT.
A divulgação, a menos de uma semana do primeiro turno, joga uma bomba no comitê de campanha de Fernando Haddad.
Para o magistrado, dar publicidade a esse depoimento específico, que trata do loteamento de cargos na Petrobras e da arrecadação ilícita de recursos pelo PT, não traz riscos às investigações e ajuda a instruir os autos.
Moro também afirmou que não vislumbra risco de exploração política do processo, como argumentou a defesa do ex-presidente Lula -que pedia a suspensão da ação durante o período eleitoral.
A decisão de Moro coloca o juiz de novo como personagem protagônico e controverso na crônica política.
O juiz de Curitiba, que condenou Lula à prisão e ainda tem nas mãos casos envolvendo o petista detido desde abril, decidiu solicitar a delação de Palocci justamente para embasar essa ação contra o ex-presidente.
“Examinando o seu conteúdo, não vislumbro riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade”, escreveu o "INOCENTE" juiz em seu despacho.
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