Em tempos de Google para tudo e WhatsApp como meio de informação (o fuxico virou notícia) todo mundo virou especialista em tudo. Ninguém diz “eu não sei”, ninguém mais pergunta “como é?”. Por um lado é muito bom, por que as pessoas que não liam nada passaram a ler alguma coisa (mesmo que na maioria das vezes sejam FAKE NEWS ou fuxico da vida alheia).
Lendo a entrevista do Fábio Porchat vi que não sou só eu que me incomodo com isso, Em entrevista para a revista isto é lê disse:
“Acho ótimo que ela fale “eu não sei”. A Marília Gabriela, que é nossa maior apresentadora, me falou uma coisa muito legal: “Se o entrevistado falar uma coisa que você não entende, não finja que entendeu, pergunta o que ele quis dizer. Se você não entendeu, provavelmente o público também não.” Pensei: “Caraca, a Marília Gabriela, uma mulher cultíssima, inteligente, entrevistando gente há décadas”… Ela me disse para não ter vergonha de dizer “não sei”, “não li”, “não ouvi”, porque aí o público que está assistindo também pensa: “que bom, não sou o único...”
Não precisamos tentar ensinar medicina ao médico, nem tão pouco ensinar vigário a rezar missa. A internet é uma fonte inesgotável de informações, mas não forma um profissional da noite para o dia. O respeito aos profissionais e seus valorosos conhecimentos ainda é o melhor caminho para a cura das nossas necessidades ou para a cura da ignorância.
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