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quarta-feira, março 31, 2021

JAIR QUER COLOCAR OS QUARTÉIS CONTRA O POVO.

 Acuado pela crise sanitária e pressionado por aliados do Congresso, o presidente Jair Bolsonaro deu uma guinada em seu governo ao promover a primeira reforma ministerial em mais de dois anos.

Fernando Azevedo e Silva

A queda mais surpreendente foi a do general Fernando Azevedo e Silva, que deixa o Ministério da Defesa. Ele foi substituído por Walter Braga Netto, até então ministro-chefe da Casa Civil. 


A mudança abriu um foco de crise com as Forças Armadas. Bolsonaro busca maior controle sobre os militares e adesão à sua agenda.

O que é então essa “agenda” do presidente?

Vamos deixar de lado o negacionismo da pandemia e falar das forças armadas (exército, marinha e aeronáutica).

Neste 31 de março de 2021 completam-se 57 anos desde que o Congresso Nacional depôs o então presidente João Goulart e uma junta militar assumiu o poder, dando início ao período ditatorial que perduraria por 20 anos no país.

A data tem sido celebrada discretamente durante anos em quartéis e clubes militares. No do Rio de Janeiro, o mais emblemático, é tradição um almoço em homenagem a “revolução democrática”. O presidente faz questão de comemorar a data e em decisão de 17 de março deste ano, o TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região) concedeu ao Exército o direito de realizar comemorações alusivas ao golpe militar de 1964.  A decisão é uma vitória para o governo Bolsonaro, que pretende realizar atos relacionados à data. 

A queda do general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa se deu apenas porque ele se recusou a incluir as forças armadas na agenda política do governo. O ex ministro afirma, corretamente, que as FFAA são instituições de Estado e não representam nenhum governo. Pronto, foi substituído pelo  pau mandado Walter Braga Netto, até então ministro-chefe da Casa Civil. 

E já começou a propaganda de exaltação do golpe:  o Ministério da Defesa publicou uma “Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964”. O comunicado divulgado na época dizia que aquele dia era considerado um “marco para a democracia brasileira”. 


Golpe de Estado no Brasil em 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, que culminaram, no dia 1.º de abril de 1964, com um golpe militar que encerrou o governo do presidente democraticamente eleito João Goulart, também conhecido como Jango.

A historiografia brasileira considera que o golpe, assim como a ditadura que se seguiu, não deve ser considerado como exclusivamente militar, sendo, em realidade, civil-militar. Segundo vários historiadores, houve apoio ao golpe por parte de segmentos importantes da sociedade: os grandes proprietários rurais, a burguesia industrial paulista, uma grande parte das classes médias urbanas (que na época girava em torno de 35% da população total do país) e o setor conservador e anticomunista da Igreja Católica (na época majoritário dentro da Igreja) que promoveu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada poucos dias antes do golpe, em 19 de março de 1964.

Já os militares favoráveis ao golpe, os defensores do regime ditatorial e os negacionistas da ditadura militar costumam designá-lo como "Revolução de 1964", "Contragolpe de 1964" ou "Contrarrevolução de 1964".  Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e continuadores da Revolução de 1964.



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