Diante da crise do catolicismo, com alta redução do número de fiéis, o Papa propõe flexibilizar as leis canônicas.
Pesquisa Datafolha, de dezembro de 2016, comprovou redução de 9 milhões de fiéis em dois anos. Naquela data, apenas 50% dos entrevistados se autodeclararam católicos.
O papa Francisco está ciente da crise do catolicismo. Por isso, propõe uma “Igreja em saída”. Isso significa romper os muros clericalistas que amarram a Igreja aos templos; flexibilizar as leis canônicas (como admitir o recasamento de divorciados); e modificar os parâmetros ideológicos (que consideram o catolicismo conatural ao capitalismo).
O projeto de Francisco é de uma Igreja descentrada de si e centrada nos graves desafios do mundo atual: preservação da natureza; combate à idolatria do capital; diálogo entre as nações; acolhimento dos refugiados; misericórdia às pessoas; protagonismo dos movimentos populares; centralidade evangélica nos direitos dos pobres e excluídos.
O novo jeito de ser católico, proposto por Francisco, corresponde ao que dizia São Domingos, fundador da Ordem dos Pregadores: “O trigo amontoado apodrece; espalhado, frutifica”. Sair da sacristia para a sociedade.
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