PRIMEIRA PENCA DE CADÁVERES DE MORO 1:
Pacote proposto por ministro da Justiça nem foi aprovado, mas já disse no Rio a que veio
Neste post e em outros, a imagem de Moro está sobreposta à foto de autoria de Pilar Olivares, da Reuters. O sangue se espalha no chão da casa em que 14 pessoas foram mortas pela Polícia. Do modo como ministro quer o Código Penal, isso pode virar só uma rotina aborrecida
O pacote de Sérgio Moro ainda nem foi aprovado, mas já produz seus primeiros cadáveres.
Sim, é verdade!
O presidente Jair Bolsonaro prometeu “direitos humanos para humanos direitos”. Wilson Witzel, o governador do Rio, anunciou o tiro “na cabecinha”. Estupidez e retórica brutalista. Mas quem deu verniz à barbárie foi mesmo o novo ministro da Justiça, com seu particularíssimo entendimento do que venha a ser legitima defesa, excesso e ação preventiva.
Durante mais de quatro anos — desde o início da Lava Jato —, chamei a atenção dos meus colegas de imprensa para a retórica ambígua de Moro em matéria de cumprimento de lei e para o viés autoritário do seu modo de fazer justiça. Alertei que havia ali algo vizinho, senão ele mesmo, de um projeto político.
Arquei com as consequências da crítica — mormente porque todos sabem que não pertenço à igreja petista nem sou da esquerda. Faziam, então, uma pergunta surda: “Se esse cara escreveu e escreve o que se sabe sobre o PT, por que a crítica a Moro e à Lava Jato? Eles têm um lado bom: combatem a corrupção”. A minha resposta era e é óbvia: o ex-juiz, agora ministro, não está nem aí para a lei.
Quanto à questão política, bem… Acho que posso dispensar-me de explicitar o óbvio.
O governo Witzel já entregou a sua primeira penca de carne preta, a mais barata do mercado. Vem muito mais por aí. Todos trazem a marca simbólica da “Lei Moro”, mesmo sem a aprovação do Congresso, que se pode dar como certa.
Sim, é verdade!
O presidente Jair Bolsonaro prometeu “direitos humanos para humanos direitos”. Wilson Witzel, o governador do Rio, anunciou o tiro “na cabecinha”. Estupidez e retórica brutalista. Mas quem deu verniz à barbárie foi mesmo o novo ministro da Justiça, com seu particularíssimo entendimento do que venha a ser legitima defesa, excesso e ação preventiva.
Durante mais de quatro anos — desde o início da Lava Jato —, chamei a atenção dos meus colegas de imprensa para a retórica ambígua de Moro em matéria de cumprimento de lei e para o viés autoritário do seu modo de fazer justiça. Alertei que havia ali algo vizinho, senão ele mesmo, de um projeto político.
Arquei com as consequências da crítica — mormente porque todos sabem que não pertenço à igreja petista nem sou da esquerda. Faziam, então, uma pergunta surda: “Se esse cara escreveu e escreve o que se sabe sobre o PT, por que a crítica a Moro e à Lava Jato? Eles têm um lado bom: combatem a corrupção”. A minha resposta era e é óbvia: o ex-juiz, agora ministro, não está nem aí para a lei.
Quanto à questão política, bem… Acho que posso dispensar-me de explicitar o óbvio.
O governo Witzel já entregou a sua primeira penca de carne preta, a mais barata do mercado. Vem muito mais por aí. Todos trazem a marca simbólica da “Lei Moro”, mesmo sem a aprovação do Congresso, que se pode dar como certa.
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