Se você perguntar para qualquer trabalhador brasileiro se ele prefere que o governo abra frente de trabalho, com obras públicas ou controle das contas públicas, a resposta será sempre a mesma: prefiro meu emprego.
No Brasil de hoje, o mercado está inquieto e a mídia faz alarde em torno das preocupações de executivos e acionistas de bancos e corretoras. A ordem é, ao que parece, deixar barato o terrorismo social e político da gestão precedente e incorporar como fato da vida o terrorismo econômico dos defensores da austeridade eterna.
Se o governo não economizar, não paga as contas e a dívida publica gera inflação, prejudicando a classe mais pobre, com o aumento dos alimentos. Se o governo aperta o cinto e não gasta, o setor público se retrai, causando desemprego e, de novo, prejudicando os trabalhadores.
Veja o caso dos impostos federais no combustível. Quem paga é quem tem carro, portanto, rico. A verdade é que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está certo ao pleitear o fim da renúncia fiscal, para recuperar recursos fundamentais às políticas públicas, mas Lula também tem razão ao adiar essa reversão, devido ao forte impacto do preço dos derivados de petróleo em todo o sistema de preços e no poder aquisitivo da população, posição que prevaleceu.
Para um governo dos trabalhadores é necessário uma boa dose de prudência para não perder a mão nas contas públicas, sem deixar de priorizar os investimentos. É preciso cortar as mordomias, reeducar os parlamentares nos gastos de suas emendas e, principalmente, combater a corrupção.
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