Você sabe dar opinião sobre a desastização da Eletrobrás ❓
Pois é. Enquanto você fala mal de político nas redes sociais a Câmara Federal analisou, em um só dia, 28 emendas do Senado e concluiu a votação da Medida Provisória 1031/21, que viabiliza a desestatização da Eletrobras, estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia e que responde por 30% da energia gerada no País.
O modelo prevê a emissão de novas ações a serem vendidas no mercado sem a participação da empresa, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União.
Essa forma de desestatização foi enviada pelo governo em 2019, mas não foi adiante. Agora, enquanto o presidente anda de moto Brasil afora, o centrão vai fazendo passar a boiada.
Já que você não se preocupou em discutir o projeto, entenda o que aconteceu, pois esse tipo de mecanismo poderá ser usado para a desestatização de outras empresas públicas.
COMO FICA A ELETROBRÁS ❓
Apesar de perder o controle, a União terá uma ação de classe especial (golden share) que lhe garante poder de veto em decisões da assembleia de acionistas a fim de evitar que algum deles ou um grupo de vários detenha mais de 10% do capital votante da Eletrobras.
Aparentemente será muito bom que a receba dinheiro da iniciativa privada, mas no mesmo artigo que trata da operação de capitalização, foram colocados dispositivos que preveem a contratação de energia de reserva de termelétricas movidas a gás natural, mesmo em regiões ainda não abastecidas por gasoduto.
Agora fica a pergunta: porque temos que pagar construção de termelétricas a gás e não podemos investir em fontes de energia limpa como a energia solar?
Eu respondo: o que querem os deputados e senadores é liberar imensas verbas no orçamento para construções que vão alimentar suas futuras campanhas eleitorais. E você não sabe nem do que se está falando.
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