Para nosso imenso desprazer, no mês passado mais um maranhense aparece no cenário nacional de forma negativa. Um policial civil foi flagrado atirando em manifestantes que defendiam a volta do militarismo no Brasil.
Essa lembrança me veio a mente após a leitura de um artigo do professor Luis Flávio Gomes. Apesar de absurda a ideia de um golpe militar, seus proclamadores não podem ser tratados a bala.
Desde a
proclamação da República (1889) nós já vivemos 41 anos sob o regime militar
(1889-1894; 1930-1945; 1964-1985).
Essa página poderia estar virada, não fosse um
grupo acampado em Brasília que defende o impeachment da presidente, com
a imediata intervenção militar.
Há que se
refletir que as maiores melhorias para a população (estabilidade da moeda,
programas sociais etc.) aconteceram nas últimas décadas democráticas, embora
tenham sido também sob o império da corrupção. Se a situação social do País se agravar (é uma
tendência cada vez mais evidente) virá o Estado de Defesa e, em último caso, o
Estado de Sítio. Ambos caracterizam um estado de exceção (com suspensão dos
direitos e garantias fundamentais).
É nessa hora, sobretudo, que dependemos das
Forças Armadas para a preservação da democracia (frente aos fanáticos que defendem um golpe militar). Esse é
seu papel constitucional civilizado. Nossas Forças
Armadas (pelo que estão manifestando seus próceres menos emotivos) já evoluíram
o suficiente para adotarem a democracia que foi conquistada até aqui (precária
e preponderantemente eleitoral, mas já foi um grande progresso).
Recordemos: a
democracia é o pior regime político que existe, com exceção de todos os demais
(Churchill).
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