O celibato.
O celibato, a proibição de padres constituírem famílias, namorar ou viver aventuras amorosas, não é um dogma, mas é encarado como tal. Vigora há nove séculos, desde os Concílios de Latrão, que fincaram as bases da Igreja Católica.
Controverso, várias vezes ignorado, foco de intenso debate ao longo da história da religião, o celibato também serve de biombo para bispos e cardeais escaparem pela tangente quando defrontados com a maior das chagas da instituição, os recorrentes abusos sexuais nas paróquias, subterfúgio do qual nem o reformador papa Francisco consegue evitar.
Não há nenhuma evidência de que a castidade esteja na raiz dos crimes, quase sempre contra menores, cometidos por clérigos. Ainda assim, a cada novo escândalo, o tema volta à baila.
No mês passado, dois dias antes de completar uma década no trono da Basílica de São Pedro. O pontífice soltou uma bomba em uma longa entrevista ao portal argentino Infobae.
“Não há nenhuma contradição em que um padre se possa casar”, disse Jorge Bergoglio.
Se o Papa conseguir, pelo menos, abrir a discussão na Curia, certamente ficará marcado na história como maior reformador da igreja católica, mas nem toda reforma é bem recebida.
Fico na torcida pela mudança, mas respeito opiniões contrárias. É um tema controverso.
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