O chamado “Abril Vermelho” – mês que promete ser marcado pela retomada das invasões a propriedades rurais pelo MST está chegando ao fim, sem maiores problemas.
Além de uma fazenda de celulose da Suzano, o movimento de extrema esquerda ocupou também prédios públicos do Incra.
O objetivo do MST é retirar o Planalto da inércia dos quatro anos de governo Bolsonaro e reintroduzir a reforma agrária na pauta do Executivo, porém a prática de invasão de propriedades produtivas é um tiro no pé.
A sociedade brasileira não admite mais essa conduta criminosa.
No meio da tempestade está o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro (PSD-MT) que tem se mostrado competente na reaproximação com o agro e ele tem subido o tom, endossando as críticas às ocupações de terras. “Temos que repudiar quem invade terras produtivas”, enfatiza.
Apesar na fala liberal, em entrevista a Revista Isto É, o ministro não foi muito feliz na resposta para a intrigante questão do apoio do setor agropecuário a Bolsonaro.
Qual o mérito que Bolsonaro teve para atrair o agronegócio e jogá-lo contra Lula?
Eu me questionei muito sobre isso. A competência de Bolso- naro foi saber vender muito bem a retórica. Ele colou no presidente a retórica de que a pauta dele seria a da invasão, da desapropriação de terra, da tributação à exportação de produtos agropecuários e da insegurança jurídica. E, se em algum momento Lula representou esse risco, foi lá nos anos de 1980, quando fundou o PT. Essa retórica não prosperou nos oito anos de mandato do presidente Lula. Ele, enquanto presidente, representou avanços para o agro.
Das duas uma, ou eu não entendi nada ou ele não respondeu o que foi perguntado.
Continuo sem saber porque pessoas inteligentes e bem sucedidas financeiramente como os empresários do agro negócio ainda não conseguiram perceber o desastre que foi o governo Bolsonaro, nem como pessoas esclarecidas defendem a invasão criminosa de propriedades pelo MST.
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