Quanto mais bolsonaristas se mostrarem contra Lula, mais forte ele vai ficar.
O ministro Alexandre de Moraes, aliado de Michel Temmer, nunca quis defender o petista, mas o antagonismo com Bolsonaro lhe jogou no colo de Lula.
Nessa luta o ministro já abriu os inquéritos das fake news e das milícias digitais.
Na apuração do chamado golpe de 08 de janeiro, Moraes chega a citar em su voto que essas investigações já miram parentes de Bolsonaro, como seus filhos Eduardo e Flávio e aliados como Bia Kicis (PL- -DF), Carla Zambelli (PL-SP) e Otoni de Paula (MDB-RJ).
Ao indicar a relação dos casos, em especial com o inquérito das milícias digitais, Moraes sinaliza que, para apontar Bolsonaro como um dos autores intelectuais dos ataques de janeiro, vai se valer de todas as provas colhidas desde 2019. Na prática, o ministro coloca o 8 de janeiro como mais um dos eventos atrelados à organização criminosa investigada no inquérito das milícias.
O colunista Fabio Serapião diz na coluna de domingo da Folha de São Paulo que o
inquérito, chamado originalmente de atos antidemocráticos, reúne todas as inves- tidas golpistas de Bolsonaro contra as instituições e sua atuação na disseminação de fake news e desinformação.
Dessa forma, o 8 de janeiro passa a figurar ao lado de outras investidas golpistas, como:
a live de 29 de julho de 2021 com falas contra o sistema eleitoral;
o vazamento do inquérito sobre o ataque ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral);
a disseminação de desinformação sobre vacinas;
e os preparativos para o 7 de Setembro de 2021, quando o presidente ofendeu Moraes e também fez manifestações de cunho golpista.
Eu tenho dito a vários amigos que o que o bolsonarismo tem de pior é o Bolsonaro. A defesa da pátria, de Deus e da família é bem aceita por muitos brasileiros, mas sem Bolsonaro, sem preconceito e sem negacionismo.
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