Não é de hoje que os especialistas do mercado financeiro alertam que as grandes varejistas não conseguirão se manter no mercado por muito tempo. Lembro rapidamente do caso Ricardo Eletro e não dá pra esquecer das Americanas.
A novidade agora é a poderosa Polishop. Em abril deste ano, o presidente e fundador da Polishop, João Appolinário, afirmou ao Estadão/Broadcast que a companhia buscava uma reestruturação extrajudicial junto a seus credores. Em um pedido à Justiça feito à época, ele disse que o endividamento bancário da empresa havia diminuído de R$ 270 milhões em janeiro de 2022 para R$ 84 milhões em 2024.
Isso mesmo, o que diminuiu foi a dívida.
Segundo a movimentação do processo no site do TJ-SP, na última segunda-feira, 13, foi feita uma petição para que o perito se manifestasse no processo. Esse especialista irá verificar todos os documentos do processo, tais como informações sobre dívidas, credores e outros, e fazer um relatório ao juiz, para que este possa dar a sua sentença.
A Polishop recorreu à Justiça inicialmente em abril deste ano pleiteando uma tutela antecipada –uma espécie de decisão temporária até que o mérito da ação seja julgado– para suspender as execuções de dívidas da empresa. À época, Appolinário informou que os fatores que levaram a empresa às dívidas envolvem os efeitos da pandemia, o aumento do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e a crise do crédito motivada pelo caso Americanas.
Certamente, os tais efeitos da pandemia ainda se mostram presentes em diversos segmentos.
A Polishop já fechou mais de 100 lojas em shoppings e é alvo de mais de 50 ações de despejo
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