Contrariado na sessão de quarta, o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, defensor da manutenção das condenações, acusou o colega Luís Roberto Barroso, que votou pela absolvição, de fazer um voto político e insinuou que ele chegou ao Supremo em 2013, indicado pela presidente Dilma Rousseff, com "voto pronto" pela absolvição.
"Chega aqui com uma fórmula prontinha. Já proclamou inclusive o resultado do julgamento na sua chamada preliminar de mérito. Já disse qual era o placar antes mesmo que o colegiado pudesse votar. A fórmula já é pronta. Vossa Excelência já tinha antes de chegar ao tribunal? Parece que sim", afirmou Barbosa.
Barroso tentou evitar o bate-boca e disse que as acusações eram indevidas. "O esforço para depreciar o voto divergente é um déficit civilizatório", afirmou.
Opinião do
Desde antes de exercer a presidência do STF Joaquim Barbosa já demonstrava indícios de totalitarismo. Não admite opniao contraria a sua e se considera o arauto de todas as virtudes, mas não tem coragem de denunciar abertamente nenhum de seus pares.
Isso se chama hipocrisia.
6 comentários:
Rogerio tu estás falando partidariamente ou é sua opinião pessoal? Porque o Joaquim Barbosa está com a opinião de 90% dos brasileiros que querem um pais mais justo sem hipocrisia como a sua.
Já que o Meritíssimo Luiz Barroso havia chegado em 2013 indicado pela presidente Dilma que "por acaso" faz parte do mesmo partido de grande parte dos chamados mensaleiros ele ou seus pares no tribunal não poderiam colocá-lo na situação de impedimento ou suspeição para este caso ????
Júnior, é claro que o Drº Rogério deu sua opinião pessoal, que, por mais que seja contrária à sua, ele tem o direito de expressá-la.
Quanto ao fato de que 90% dos brasileiros concordem (ou não) com o Excmº Joaquim Barbosa, o saudoso Nélson Rodrigues já dizia, nos idos da década de 1960, que "a unanimidade é burra"......
O Min. Barroso nos brindou com uma aula de civilidade e sobretudo independência. É de Magistrados assim que precisamos. Infelizmente o Min. Joaquim não possui tais dotes. Proferiu seus votos com elevada carga de subjetivismo. Não cuidou de desatar seus laços com o MP, sua antiga instituição. Julgou como acusador, e não como Juiz. Quem estuda o Direito sabe que o STF contrariou boa parte de sua tradicional jurisprudência para impor as condenações (estas sim, sob medida) no mensalão! Esse populismo penal carimbado pelo STF é incompatível com o Estado Democrático de Direito e com o garantismo penal. O Min. Joaquim "julgou para a platéia", essa é a verdade! Por isso essa aprovação toda, principalmente daqueles que são leigos em matéria jurídica.
É isso aí! Não se julga processo "pela capa"! As condenações só ocorreram porque a mídia influenciou.
Rogério, parabens pelo seu lúcido ponto de vista!
Postar um comentário