A ideia de dar excludente penal para policiais matarem bandidos é tentadora em tempos de violência, mas sem as regras do Estado Democrático de Direito que proteção teremos contra os abusos ?
Você acha que é exceção? Então leia a matéria abaixo e depois me diga o que pensa.
Um motorista de aplicativo morreu após ser baleado na cabeça por um policial militar nesta quinta-feira (1º) no Capão Redondo, zona sul de São Paulo.
O policial afirmou que o disparo foi acidental, pagou fiança e foi liberado pela Polícia Civil. A Corregedoria investiga o caso.
Caio Rodrigo Medina Vaz Amancio, 24, tinha ido buscar seu carro na tarde de quinta em uma funilaria no Jardim São Luís, também na zona sul.
Segundo seu vizinho, que estava no banco do passageiro, um carro da PM se aproximou para abordá-los por volta das 16h30.
Assim que os policiais emparelharam o carro, o cabo Carlos Antonio Ribeiro de Souza, 34, da 1ª Companhia do 1º Batalhão, teria dito "vai" e atirado na cabeça do motorista, que morreu na hora.
Segundo boletim de ocorrência registrado pelo delegado Beneal Fermino de Brito, do 92º DP (Distrito Policial), no Parque Santo Antônio, zona sul, o cabo Ribeiro de Souza afirmou que o disparo foi acidental. O policial militar foi detido em flagrante, mas pagou fiança de R$ 1.000 e foi liberado.
"Logo que houve o emparelhamento, o encarregado da guarnição, de arma em punho, acabou efetuando disparo acidental que culminou com alvejamento na cabeça do motorista do outro veículo", escreveu o delegado no registro da ocorrência.
A corporação informou que a Corregedoria está apurando o caso. O policial deve ser afastado. O caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Amancio morava com a mulher, Raissa Claudio, 22, há um ano. Eles não tinham filhos. Ela afirmou que, numa primeira versão, os PMs disseram ter confundido o celular do motorista com uma arma.
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