Tarcísio apoia candidatura de Flávio

 Tarcísio apoia candidatura de Flávio Bolsonaro: "Vai contar com a gente"

Durante um evento na Grande São Paulo, Tarcísio reforçou sua fidelidade a Jair Bolsonaro e garantiu apoio ao filho do ex-presidente

Não sei se era isso que o Flavio Bosonaro queriam mas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou-se pela primeira vez nesta segunda-feira sobre a pré-candidatura do senador  à Presidência da República. 

Durante um evento na Grande São Paulo, Tarcísio reforçou sua fidelidade a Jair Bolsonaro e garantiu apoio ao filho do ex-presidente.

O Flávio vai contar com a gente. O Flávio tem uma grande responsabilidade a partir de agora, ele se junta a outros grandes nomes da oposição que já colocaram seus nomes à disposição", declarou Tarcísio.

O governador destacou que sua lealdade a Jair Bolsonaro é "inegociável". No entanto, mesmo ao discursar em favor da aliança com Flávio, Tarcísio foi interrompido pelo público presente no evento, que o ovacionou aos gritos de "presidente, presidente".

Agora resta saber se o 01 de Bolsonaro vai levar essa candidatura até o fim.

Ceticismo no Centrão

Apesar do apoio público de Tarcísio, a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro enfrenta resistência entre os líderes do Centrão e o mercado financeiro, que demonstram preferência pelo próprio governador paulista.

O senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas (PP), colocou em xeque a viabilidade eleitoral de Flávio. Em visita a Curitiba, Nogueira afirmou que, se a escolha fosse pessoal, apoiaria o filho do ex-presidente pela amizade, mas ressaltou que política exige "pesquisas e viabilidade".

"Isso não pode ser uma decisão apenas do PL", disse Ciro Nogueira, acrescentando que, em sua visão, apenas dois nomes teriam capacidade de unificar o centro e a direita: Tarcísio de Freitas e o governador do Paraná, Ratinho Júnior.

O "preço" da desistência e a anistia

Flávio Bolsonaro admitiu que sua candidatura pode não ir até o fim e afirmou ter um "preço" para negociar sua saída da disputa. Segundo informações de bastidores, a condição seria a anistia de Jair Bolsonaro, permitindo que o ex-presidente retorne às urnas em 2026.

Contudo, essa possibilidade foi descartada pelo deputado Paulinho da Força, relator do projeto da dosimetria na Câmara. "Não tem nenhuma possibilidade de ter anistia no meu relatório. No meu relatório não consta anistia e não vai constar. Só redução de penas", afirmou o deputado.