Os quiosques são uma opção interessante, mas nem todo tipo de franquia tem de fato vantagens com o modelo. O mais importante é entender bem o tipo de negócio em que se pretende atuar para ver se essa alternativa é realmente adequada à intenção.
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Investimento inicial
Pró – Pelo fato de ser um projeto padrão e com metragem menor do que o de uma loja, os quiosques costumam ter um custo mais acessível em virtude dos ganhos em escala com os fornecedores.
Contra – Contudo, não se engane: a lei da oferta e demanda pesa contra o modelo. A grande procura por quiosque tem contribuído para um significativo aumento dos custos de ocupação. A concorrência por esse tipo de ponto também inclui empresas como montadoras de automóveis, equipamentos de ginástica, TV a cabo, entre outros, que veem neles uma boa alternativa para expor seus produtos e serviços. Com isso, a competição por esses pontos não se res- tringe a quem busca explorá-los como ponto de venda, mas também como ponto de divulgação e, nesses casos, a concorrência é com grandes empresas, com poder de fogo elevado.
Espaço
Pró – Como sua metragem é menor, consequentemente o número de funcionários para a operação também é baixo, o que reduz o custo operacional mensal.
Contra – Por outro lado, a falta de espaço faz que o empreendedor tenha de planejar muito bem o local – onde será armazenado o estoque, como será maximizada a área de exposição e venda dos produtos e, inclusive, qual deve ser o sortimento ideal de produtos a ser comercializados. Uma decisão errada no projeto pode comprometer o sucesso do negócio, uma vez que poderá afetar diretamente o potencial de vendas do quiosque.
Outra questão que pesa contra é que, devido ao espaço reduzido, torna-se um grande desafio trabalhar a experiência de compra, uma meta importante para o varejo. Afinal, é difícil poder recorrer à música ambiente, oferecer espaço para a prova de produto ou serviço. Enfim, oferecer o conforto que ajuda a seduzir o cliente.
Contrato
Prós – Se instalados em shopping centers, pelo fato de os quiosques serem de propriedade e de direito de uso dos próprios estabelecimentos, não incide a cobrança da taxa de Cessão de Direito de Uso (CDU) sobre o espaço. O contrato, por um período predeterminado, consiste em o shopping ceder a terceiros a possibilidade de explorar comercialmente o local.
Contra – A grande maioria dos shoppings estabelece um contrato de curta duração, podendo variar de uma semana até um ano. O problema é que muitos negócios não retornam o investimento em um prazo do contrato tão curto, resultando em uma escolha de alto risco para o empreendedor, uma vez que a renovação pode não ocorrer.
Fonte: Revista Meu próprio Negócio.
Por José Carlos Fugice Jr., sócio-fundador da GoAkira Consultoria Empresarial, especializada em franquias e varejo e know- -how na condução de mais de 150 projetos de franquias.