O resultado das urnas é incontestável, tendo sido reconhecido, inclusive, pelo seu adversário. O que se questiona são os métodos utilizados para se chegar ao poder.
Houve sim abuso de poder político quando o atual prefeito Edvan Brandão contratou mais de 4 mil pessoas em ano eleitoral. Em uma conta simples, se cada empregado conseguisse mais um voto, seriam 8 mil votos ao final. A diferença entre o eleito e o candidato de oposição foi de pouco mais de 7 mil votos. Ou seja, sem os empregos, o prefeito de Bacabal seria Marcos Miranda.
Os abusos não foram só políticos, mas também houve abuso dos meios de comunicação. As retransmissoras de TV da cidade foram colocados a serviço da candidatura do governo e chegaram ao absurdo de fazerem uma transmissão em cadeia, ao vivo, no dia anterior ao da eleição, com mais de uma hora de programação pedindo votos para a situação e denegrindo a imagem de Marcos Miranda. Isso certamente vai render processos que podem impedir a posse de Roberto Costa. Vamos aguardar para ver.
O certo é que Bacabal ganhou uma oposição forte e o futuro prefeito não vai poder deixar a cidade abandonada como foi feito na atual gestão. O uso do dinheiro público será fiscalizado e os desvios denunciados. Bacabal tem um novo prefeito eleito, mas também tem um novo líder popular. Marcos Miranda tirou, em apenas 50 dias de campanha, a maior votação de um candidato de oposição em Bacabal. Foram mais de 23 mil bacabalenses mandando seu recado. Chega de corrupção.
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