FUTURO DO PRESENTE
As vezes
O que se achava amor
Se apresenta como um Punhal
E age em forma de dor
Como fardos de cerveja
Ou garrafas de vinho
A anestesiar o corpo
Entorpecer a mente
E alimentar o ego
Com petiscos e carnes
Frutas e grãos.
Quão desastrosa
É a desventura
De não ser entendido.
Palavras vãs
Conselhos vãos
E a vida vai
Veloz e fugaz
A marcar com seu grafite
O espaço da tinta
Que ora pinta o nada
Bem ali diante dos olhos
Nada de concreto peço
E o abstrato sem trato
É ignorado.
O passado espera no futuro
O fruto do presente
E as linhas convergem ao mesmo ponto.
Como festas contínuas
E orgias no Palácio de Eros
A comida estragada
A bebida vencida
A roupa esquecida
E eu varrendo esse chão de inutilidades
Tentando salvar um pouco
Do muito que jogastes fora.
Zé Lopes
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