Evangélicos no Senado rejeitam encontro com Messias, e impasse sobre indicação ao STF cresce
AGU procurou o senador Carlos Viana, presidente da Frente Parlamentar Evangélica, para solicitar encontro com a bancada, mas a maioria disse que não querer receber o indicado de Lula.
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Jorge Messias Daniel Estevão/AscomAGU |
A tentativa do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, de reduzir resistências à sua indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) sofreu um revés nesta semana.
O AGU procurou o presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, senador Carlos Viana (Podemos-MG), para solicitar um encontro com a bancada. Mas o movimento encontrou uma barreira sólida: segundo Viana, após ligar para os 17 senadores que integram o grupo evangélico no Senado, a maioria disse não querer receber o indicado de Lula.
Você deve está se perguntando se essa indicação é ruim para o país. Se Messias não tem notório saber jurídico ou se ele tem uma vida pessoal muito questionável. Não é nada disso, ele é um dos melhores juristas do Brasil e tem uma vida pessoal muito discreta.
Então porque toda essa resistência contra ele?
A sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça estava marcada para o dia 10 de dezembro, mas o processo se tornou rapidamente um dos mais turbulentos da atual gestão.
O centro do impasse é o senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado e figura determinante na condução da sabatina. Alcolumbre demonstrou forte irritação com o Planalto por não ter sido consultado previamente sobre o nome. No domingo, divulgou uma nota pública expressando descontentamento com o que chamou de “pressões externas”, gesto interpretado no Congresso como um recado direto ao governo.
A manifestação acendeu o alerta no Planalto e escancarou as dificuldades da articulação. Aliados de Alcolumbre têm afirmado que Messias não reúne hoje os votos necessários para ser aprovado no plenário.
Ao mesmo tempo em que o governo tenta reconstruir pontes enviando emissários do Planalto para conversar com diferentes grupos do Senado e buscaram retomar canais com Alcolumbre, este segue como o principal fiador (ou sabotador) da sabatina.
A recusa majoritária ao diálogo foi interpretada dentro do governo como um sinal de que a crise é mais profunda do que se estimava — e de que o risco de derrota, algo inédito em indicações ao Supremo desde a redemocratização, precisa ser considerado com seriedade.

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