Um fenômeno que não acontece há quase 20 anos poderá ser observado no céu nesta semana.
É o lunistício ou ‘grande paralisação lunar’, evento que faz a lua passar mais tempo no céu. Isso acontece quando as inclinações da lua e da Terra estão no ponto máximo, que será na próxima sexta-feira (21), coincidindo com o solstício de inverno no hemisfério sul e de verão no norte.
No entanto, não será possível acompanhar o lunistício do Brasil, pois somente habitantes do Hemisfério Norte poderão visualizá-lo.
Um dos locais mais propícios é o monumento pré-histórico Stonehenge, no interior da Inglaterra. No local já são aguardados milhares de turistas na sexta-feira. Cientistas investigam, inclusive, se há alguma ligação entre a “grande paralisação lunar” e a própria construção de Stonehenge.
Há hipóteses de que quem construiu a estrutura teria conhecimento sobre o fenômeno no céu e por isso teria feito o local de forma que a linha se alinhe às pedras quando o fenômeno ocorre.
A observação do lunistício depende da latitude em que a pessoa está e por isso pode não ser visível em diferentes pontos. Também por conta dessa condição, a paralisação lunar pode ser observada em outros dias, se estendendo até o próximo ano.
Como o lunistício ocorre?
A inclinação da trajetória da lua tem uma inclinação diferente dos demais planetas e asteroides do sistema solar, que orbitam em um plano que se chama eclíptica. Como a Terra gira em torno de um eixo inclinado a 23,4 graus em relação a esse plano, a lua tem inclinação de somente 5,1 graus em relação à ele.
Por conta disso, os pontos de nascer e por da lua variam em 57 graus durante o ano. Na inclinação máxima dos dois corpos celestes, Lua e Terra, ocorre a grande paralisação lunar, com o nascer e por da lua atingindo seus pontos mais extremos no horizonte.
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