A fala de abertura foi do ministro Alexandre de Moraes, que traçou um paralelo entre os autoritarismos do passado e do presente.
"Mussolini e Hitler chegaram ao poder pelas regras do jogo, o que ensinou uma lição aos democratas. Depois da guerra criou-se um obstáculo aos autoritários: a Jurisdição Constitucional", afirmou. "Por isso o Judiciário é o grande inimigo daquilo que chamo de 'novos populistas extremistas digitais', como pudemos ver nos casos recentes da Hungria e da Polônia", completou Moraes.
Para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), esses populistas encontram terreno fértil em sociedades que têm problemas.
"O gatilho do descontentamento naquela época foi o empobrecimento da população alemã por causa do Tratado de Versalhes. A guerra acabou, a classe média ascendeu, e agora na Europa vivemos um período de estagnação. A estratégia dos populistas é culpar os imigrantes, os negros, as mulheres, aqueles que supostamente estariam tirando o emprego dessa classe média", disse Moraes.
"Para isso os novos populistas usam as redes sociais".
Por causa disso, o ministro defende a regulação das plataformas.
"Tenho conversado com os representantes das big techs e eles me dizem que é possível remover das redes, usando algoritmos, 93% dos vídeos de pedofilia e democracia", completou.
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