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12/10/2019

O QUE É QUE EU VOU FAZER COM ESSA TAL LIBERDADE ?

Vocês devem se recordar bem, mas não custa refrescar, afinal já faz tantos e tantos anos. Tudo começou naquele dia em que uma tropa de fiscais da Prefeitura do Rio entrou na Bienal do Livro para apreender o gibi que continha o tal beijo gay dos super-heróis. 

Como é que nós poderíamos supor que, às portas dos digitalíssimos anos 20 do século XXI, alguém iria pensar em apreender livros, como nos tempos do Tribunal da Inquisição ou da Alemanha Nazista? 

Alguns gatos pingados até que aplaudiram a truculência disfarçada de “proteção à família”, mas a maioria correu em defesa da liberdade de expressão e contra a discriminação, vedada pela Constituição Federal. 

Daí, meses depois, veio aquele carnaval. Nas ruas, um bloco foi impedido de sair porque trazia “homotransexuais” vestidos de mulher em plena luz do dia. Na Sapucaí, um pelotão apareceu com uma liminar que suspendia a festa. O motivo? Os seios de fora de algumas passistas e um carro alegórico que representava o beijo que se tentara censurar na Bienal — de novo, sob o pretexto de proteger as famílias. Se quisessem desfilar, as passistas deveriam usar o pano preto, tipo burca, fornecido pelos fiscais. Alguém de plantão no STF cassou a liminar, e o desfile saiu, mas só deu o escândalo nas capas dos principais jornais internacionais.

Depois de várias tentativas parecidas, todas frustradas, veio aquela sessão no Congresso Nacional em que foi aprovada a tal da Emenda Constitucional de Proteção às Famílias. O texto proibia qualquer manifestação pública de “homotransexualidade”. Um deputado disse que não se tratava de discriminação, pois

O carnaval foi substituído pela animadíssima Parada Patriótica da Família, ao som de grandes hits de louvor a Deus e à nação — o samba, como se sabe, a essa altura também tinha sido proibido, como música de subversão. Aliás, todas as manifestações que tivessem raiz na cultura negra foram vedadas, pois elas sugeriam o absurdo de que o nosso país não oferecia oportunidades iguais aos seus cidadãos. Outro “mimimi” abolido, agora na emenda da emenda: a paridade entre homens e mulheres. Afinal, foi a insubmissão delas a eles que colaborou para desvirtuar as famílias.

OPINIÃO DO BLOG 

O texto acima é trecho de ficção do jornalista Bruno Astuto de O Globo, mas se não tomarmos cuidado com a nossa democracia, poderá ser uma matéria de qualquer jornal em um futuro próximo. 

Jornal estrangeiro, lógico, pois os nacionais estarão fechados e às informações liberadas apenas através das lives do presidente. Afinal, para que essa tal liberdade?

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