O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, adiou na noite desta terça a votação do projeto de lei 2630/2020, o PL dos fake news.
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/radar/lira-atende-pedido-do-relator-e-adia-votacao-do-pl-das-fake-news
O PL É DAS FAKE NEWS OU DA CENSURA ?
O PL 2630 transformou-se em uma nova batalha política que divide a sociedade, mas o que está por trás de tudo isso?
A direita, os evangélicos e as empresas de internet (big techs) defendem a liberdade de postar qualquer coisa, sem controle do estado.
Já a esquerda, as empresas de TVs, revistas e jornais, os movimentos sociais defendem o controle das redes.
Quando os cachorros grandes entram em conflito entre eles é bom entender o que está em jogo. Era um projeto sobre fake news, hoje é projeto de muitos interesses.
Assim, há quem tenha vindo lutar pela sobrevivência do jornalismo, ou para defender a vida pública sem fake news e sem a guerra de informação, e há os que se alistaram para transformar as plataformas em um espaço seguro hipercorreto isento de misoginia, transfobia, racismo e de todas as fobias que se puder imaginar.
Outros compareceram para impedir o monopólio progressista e secular das redes sociais, ou que as delicadas e autoritárias susceptibilidades identitárias se tornem o novo parâmetro moral para o que pode ou não ser dito online.
Há ainda os que se apresentaram no front porque não querem as mídias sociais usadas para planejar um novo Oito de Janeiro ou para organizar e promover massacres nas escolas. E há até os que resolveram aproveitar o furor legislativo antiplataformas para fazê-las pagar por direitos autorais.
Há, do outro lado, as empresas de plataformas e os fabricantes de fake news, jogando na defesa, para que se mude o menos possível do negócio que, para eles e por diferentes razões, está dando muito certo.
É imensa, portanto, a lista das batalhas dentro da mesma batalha. Destaco apenas uma delas, talvez a mais decisiva, quem sabe a única que não deveria poder ser adiada. Há uma guerra cultural em curso, entre a nova extrema direita mundial e a cultura liberal-democrática, deliberadamente deflagrada pelo populismo autoritário que emerge politicamente, no cenário eleitoral internacional, em 2016.
Certamente você está no meio dessa batalha e, independente do lado que você escolher, importante é entender que o mundo não está dividido em dois e que, salvo no futebol e na religião, você não precisa escolher um único lado.
OBS. Mesmo torcendo por um time ou adorando uma divindade, você é obrigado a respeitar o time e as crenças alheias.
2 comentários:
CENSURA.
Tentativa descarada de implantar censura no Brasil. E, no final ainda diz que o Presidente anterior é quem era autoritário. Affff.
Postar um comentário