
O Brasil inteiro descobriu no Carnaval 2025 que o governador do Maranhão, Carlos Brandão, é, na verdade, pai de ninguém menos que Wesley Safadão — ao menos foi o que gritou para o mundo do alto de um trio elétrico, com orgulho paternal e cabelos ao vento. Uma cena que rendeu memes, manchetes e muitos likes. Mas enquanto o governador vivia seu momento de folião ilustre, as estradas do Maranhão... essas ficaram órfãs.
Talvez falte carinho. Talvez falte presença. Talvez falte um pouco menos de microfone e um pouco mais de patrol.
O fato é que depois das chuvas, que este ano resolveram testar a paciência do maranhense, os buracos viraram crateras, as pontes viraram riscos, e o asfalto virou lembrança.
Se Carlos Brandão é mesmo pai de Safadão, não poderia ao menos ser padrasto das nossas rodovias?
Aquele que, mesmo não sendo de sangue, ajuda, cuida, dá assistência. Afinal, o que se espera de um gestor é que zele por todos os cidadãos, seja seus eleitores ou não — e aqui estamos todos, entre lama e poeira, esperando esse afeto governamental.
No Maranhão do pós-chuva, existem MA's onde os taxis lotação recusam corrida, ônibus que enfrentam crateras diariamente e comunidades que se sentem mais próximas do abandono do que da civilização.
Mas pelo menos tivemos Safadão no trio, com o governador ao lado, sorrindo como se tudo estivesse nos trinques. Talvez, na próxima enchente, tenhamos que chamar não a defesa civil, mas o DJ do Carnaval.
Vai que a batida do piseiro consegue tapar algum buraco.
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