Edivaldo Holanda Júnior tenta recomeçar após fracasso na disputa pelo governo
Depois de um período de silêncio político, o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, anunciou oficialmente sua pré-candidatura a deputado estadual nas eleições de 2026.
A declaração foi feita em vídeo publicado nas redes sociais no último dia 2 de junho, marcando sua tentativa de retorno à cena política maranhense após um período de baixa visibilidade.
Edivaldo, que foi vereador, deputado federal e duas vezes prefeito da capital maranhense, acumulou prestígio ao comandar São Luís por oito anos, sendo reconhecido por sua postura conciliadora e pela capacidade de manter apoio político em diferentes esferas. No entanto, sua carreira sofreu um baque significativo ao disputar o governo do Estado em 2022. Na ocasião, teve uma performance modesta: ficou em quarto lugar, com apenas 2,53% dos votos válidos, o que foi considerado um fracasso político.
Agora, ele tenta recomeçar por baixo, mirando uma vaga na Assembleia Legislativa do Maranhão. Em sua fala, Edivaldo aposta na experiência administrativa para convencer o eleitorado de que ainda pode contribuir com o futuro do Estado.
Sua decisão, no entanto, é lida por muitos analistas como um movimento de sobrevivência política, em um cenário em que antigos aliados se distanciaram e o capital político acumulado durante sua gestão como prefeito foi consideravelmente esvaziado.
Enquanto Edivaldo luta para recuperar espaço, Eduardo Braide, seu sucessor na Prefeitura de São Luís, vive o movimento inverso. Braide lidera todas as pesquisas de intenção de voto para o governo do Maranhão em 2026, consolidando-se como nome forte da oposição ao grupo governista que domina o Estado atualmete. Com um estilo mais direto e independente, Braide conseguiu manter-se em alta mesmo enfrentando dificuldades na gestão municipal, o que mostra sua habilidade de comunicação e sua leitura estratégica do eleitorado.
A trajetória dos dois, atual e ex-prefeito de São Luís, evidencia caminhos opostos:
Edivaldo tenta recomeçar de um degrau mais baixo, após queda acentuada, enquanto Braide sobe degraus rumo ao Palácio dos Leões, embalado por um discurso de renovação e gestão técnica.
No fim das contas, o eleitor maranhense será o juiz dessa disputa de narrativas e estratégias. O que está em jogo não é apenas o futuro de dois políticos, mas o rumo de um estado que ainda busca uma identidade em tradição e mudança.
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