Resgate tardio revela despreparo das autoridades para o turismo de aventura na Indonésia

O trágico episódio envolvendo a brasileira Juliana Marins, de apenas 26 anos, marcou o noticiário da semna.
O incidente evidencia, de forma contundente, o despreparo das autoridades da Indonésia diante dos desafios do turismo de aventura.
Juliana foi encontrada morta após passar quatro dias isolada na trilha do vulcão Rinjani, na Ilha de Lombok, situação que expõe a precariedade dos protocolos de segurança em áreas de risco turístico no país.
Apesar do esforço de 48 socorristas mobilizados para a operação, o episódio revelou falhas graves. Para começar, a jovem foi abandonada pelo próprio guia que a acompanhava, após relatar cansaço e decidir parar para descansar.
Essa atitude demonstra total irresponsabilidade e falta de preparo por parte do profissional, que deveria ter zelado pela integridade física da turista.
A situação se agravou com a lentidão e a ausência de estrutura adequada por parte das autoridades locais. A localização exata da brasileira só foi descoberta porque turistas espanhóis utilizaram um drone particular para encontrá-la.
O parque, responsável pela área, sequer dispunha de equipamentos semelhantes, nem de estrutura básica para buscas e resgates em ambientes de difícil acesso.
Além disso, faltaram itens essenciais de sobrevivência – como água e mantas térmicas – que poderiam ter sido lançados por via aérea caso houvesse recursos adequados. Diante da impossibilidade de helicópteros pousarem na região por conta do mau tempo, uma equipe teve que descer mais de 600 metros por cordas até o local onde Juliana se encontrava. Mas foi tarde demais.
Nossa OPNIÃO
É doloroso saber que, nas primeiras imagens captadas pelo drone, Juliana ainda estava viva, sentada e fazendo sinais de vida.
O que faltou foi eficiência, rapidez e responsabilidade.
O episódio é um alerta grave sobre o risco que muitos turistas enfrentam ao se aventurarem em destinos que não oferecem a mínima infraestrutura de emergência.
A morte de Juliana não pode ser tratada como uma fatalidade isolada. Ela escancara a negligência e a falta de protocolos mínimos de segurança em áreas de turismo de aventura, exigindo reflexão, responsabilização e mudanças urgentes por parte das autoridades indonésias e servir de alerta aos nossos muitos parques de aventura.
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