Após operação da PF, Bolsonaro passa a usar tornozeleira eletrônica
Uma sexta-feira tensa em Brasília. Tudo começou pela manhã, quando a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente Bolsonaro.
A operação, autorizada por Alexandre de Moraes, também resultou na aplicação de medidas cautelares. A partir de agora, o ex-presidente:
• Passa a usar tornozeleira eletrônica;• Não poderá sair de casa entre 19h e 06h;
• Está proibido de se comunicar com diplomatas, réus, aliados investigados e até com seu próprio filho, Eduardo Bolsonaro;
• Fica impedido de usar suas redes sociais.
A medida, classificada por Bolsonaro como “suprema humilhação”, foi tomada a pedido do STF, que apontou risco concreto de fuga do país, tentativa de obstrução de Justiça e articulação internacional contra a soberania brasileira.
De acordo com a PGR, que deu parecer favorável ao pedido de Moraes, a suspeita ganhou força após o envio de R$ 2 milhões para seu filho Eduardo, já nos EUA.
O que foi apreendido na operação
Durante buscas na casa de Bolsonaro, a PF apreendeu
• Um pen drive escondido no banheiro — o qual afirmou que “nunca abriu um pen drive na vida” e que perguntaria à ex-primeira-dama Michelle se o objeto apreendido era dela;
• US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie;
• Cópias da ação movida pela plataforma Rumble contra o STF nos EUA — o que, segundo Moraes, indica articulação internacional para pressionar o Supremo e desestabilizar o Judiciário brasileiro.
Após a ação da PF, Bolsonaro negou qualquer intenção de plano de fuga: “Nunca pensei em sair do Brasil ou ir para uma embaixada”.
O ex-presidente também disse que vem sendo perseguido e, em entrevista à Reuters, declarou que “tem o sentimento” de que será preso por volta do dia 20 de agosto, devido ao caso da tentativa de golpe.
A escala de um rompimento diplomático
Como resposta não somente fato ao que aconteceu pela manhã, mas pelos últimos acontecimentos envolvendo Bolsonaro, STF e a postura brasileira no BRICS, os EUA anunciaram a suspensão dos vistos para juízes do Supremo — e já cogitam mais sanções.
Washington avalia uma resposta dura contra o Brasil, com opções que vão de tarifas de 100% sobre exportações a sanções mais agressivas, como o uso da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras — que impede a realização de transações com empresas sediadas ou com negócios nos EUA.
Também estão em análise medidas coordenadas com a Otan, expulsão de diplomatas em solo americano e até bloqueio do uso de satélites e GPS — o que causaria um caos no país.
Como resposta, o governo brasileiro avalia retaliar possíveis sanções dos EUA com restrições de vistos a autoridades do governo Trump e dirigentes de BIG TECHs, além da quebra de patentes de medicamentos.
Também está em debate a limitação de remessas de dividendos de empresas americanas.
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