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Foto reprodução: Jornal Estado de Minas |
Fernando Collor é Preso Após Condenação por Corrupção: A Justiça Tarda, Mas Não Falha
O ex-presidente Fernando Collor de Mello, que marcou época na política brasileira, enfrenta agora as consequências de décadas de acusações de corrupção.
Entenda a trajetória que levou da presidência à prisão.
Da Presidência ao Centro das Investigações
Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar. Sua vitória em 1989 simbolizou uma nova era de esperança, mas sua trajetória rapidamente se manchou. Em 1992, renunciou à presidência em meio a um processo de impeachment, acusado de envolvimento em esquemas de corrupção.
Mesmo com a cassação de seus direitos políticos temporariamente, Collor retornou à vida pública anos depois, elegendo-se senador por Alagoas. Entretanto, as suspeitas nunca deixaram de rondar sua carreira.
O Caso BR Distribuidora
As investigações mais recentes, realizadas no âmbito da Operação Lava Jato, revelaram que entre 2010 e 2014 Collor teria usado seu cargo de senador para intermediar contratos irregulares entre a BR Distribuidora (subsidiária da Petrobras) e a construtora UTC Engenharia.
Em troca dessa influência, Collor teria recebido R$ 20 milhões em propina. Parte dos valores foi lavada por meio de empresas de fachada e contas de terceiros, segundo as provas apresentadas no processo.
Condenação no Supremo Tribunal Federal
Em maio de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Fernando Collor pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, fixando a pena em oito anos e dez meses de prisão. A defesa tentou recorrer, alegando questões técnicas e de saúde, mas todos os recursos foram rejeitados.
Em novembro de 2024, a Suprema Corte determinou o início do cumprimento da pena.
Prisão e Novo Pedido de Prisão Domiciliar
Em abril de 2025, Fernando Collor foi preso em Maceió, quando se preparava para viajar a Brasília. Atualmente, cumpre pena em uma ala especial de uma penitenciária em Alagoas. A defesa do ex-presidente solicitou a conversão da prisão para regime domiciliar, alegando idade avançada e problemas de saúde, mas o pedido ainda está em análise.
A Justiça Alcança a Todos
A trajetória de Collor é um exemplo emblemático da resistência das instituições brasileiras em enfrentar a corrupção, ainda que o processo seja longo e cheio de obstáculos.
O ditado popular "a justiça tarda, mas não falha" resume bem o desfecho desta história: mesmo após escapar de diversas denúncias ao longo de sua carreira, o ex-presidente agora paga pelos seus atos. Um lembrete claro de que, no final, a lei alcança a todos, independentemente de poder, fama ou influência.
Quais as diferenças entre os casos do Mula e do Collor, o blog consegue apontar?
ResponderExcluirO interessante é que Collor foi preso por ladroagem que ele cometeu no governo do PT, no qual ele foi aliado base.
ResponderExcluirIsso o blog não mostra?