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domingo, abril 27, 2025

A Justiça Tarda, Mas Não Falha

Foto reprodução:
Jornal Estado de Minas 

Fernando Collor é Preso Após Condenação por Corrupção: A Justiça Tarda, Mas Não Falha

O ex-presidente Fernando Collor de Mello, que marcou época na política brasileira, enfrenta agora as consequências de décadas de acusações de corrupção. 

Entenda a trajetória que levou da presidência à prisão.

Da Presidência ao Centro das Investigações

Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar. Sua vitória em 1989 simbolizou uma nova era de esperança, mas sua trajetória rapidamente se manchou. Em 1992, renunciou à presidência em meio a um processo de impeachment, acusado de envolvimento em esquemas de corrupção.

Mesmo com a cassação de seus direitos políticos temporariamente, Collor retornou à vida pública anos depois, elegendo-se senador por Alagoas. Entretanto, as suspeitas nunca deixaram de rondar sua carreira.

O Caso BR Distribuidora

As investigações mais recentes, realizadas no âmbito da Operação Lava Jato, revelaram que entre 2010 e 2014 Collor teria usado seu cargo de senador para intermediar contratos irregulares entre a BR Distribuidora (subsidiária da Petrobras) e a construtora UTC Engenharia.

Em troca dessa influência, Collor teria recebido R$ 20 milhões em propina. Parte dos valores foi lavada por meio de empresas de fachada e contas de terceiros, segundo as provas apresentadas no processo.

Condenação no Supremo Tribunal Federal

Em maio de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Fernando Collor pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, fixando a pena em oito anos e dez meses de prisão. A defesa tentou recorrer, alegando questões técnicas e de saúde, mas todos os recursos foram rejeitados.

Em novembro de 2024, a Suprema Corte determinou o início do cumprimento da pena.

Prisão e Novo Pedido de Prisão Domiciliar

Em abril de 2025, Fernando Collor foi preso em Maceió, quando se preparava para viajar a Brasília. Atualmente, cumpre pena em uma ala especial de uma penitenciária em Alagoas. A defesa do ex-presidente solicitou a conversão da prisão para regime domiciliar, alegando idade avançada e problemas de saúde, mas o pedido ainda está em análise.

A Justiça Alcança a Todos

A trajetória de Collor é um exemplo emblemático da resistência das instituições brasileiras em enfrentar a corrupção, ainda que o processo seja longo e cheio de obstáculos.

O ditado popular "a justiça tarda, mas não falha" resume bem o desfecho desta história: mesmo após escapar de diversas denúncias ao longo de sua carreira, o ex-presidente agora paga pelos seus atos. Um lembrete claro de que, no final, a lei alcança a todos, independentemente de poder, fama ou influência.



2 comentários:

  1. Quais as diferenças entre os casos do Mula e do Collor, o blog consegue apontar?

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  2. O interessante é que Collor foi preso por ladroagem que ele cometeu no governo do PT, no qual ele foi aliado base.
    Isso o blog não mostra?

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O Ministro Flávio Fino critica a natureza sui generis da OAB mas esquece que a sua natureza jurídica é determinada por lei federal e não cabe a um ministro do STF advogar contra ou a favor dessa ou daquela lei. Ao ministro cabe apenas (e já é muito) o julgamento das ações que lhe compete. Dino perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado.