Cresce na internet o número de relatos sobre a inclusão indesejada em grupos no WhatsApp.
Os convites de surpresa, em geral, envolvem venda de produtos, divulgação de jogos online como "tigrinho" ou promoção eleitoral.
A Folha encontrou no Discord canais que orientam os usuários a criarem tais grupos e adicionar centenas de contatos listados em planilhas, em troca de pagamentos de R$ 20 a R$ 60 anunciados como "renda extra". O esquema se apoia em lista de telefones vazadas na internet e pode atingir até 1.024 pessoas por vez.
Um dos grupos diz que o "mentor" fica com 50% do lucro, o que sugere que há ainda um contratante externo. A prática é chamada na internet de "método".
Em resposta às reclamações de usuários, o WhatsApp passará, a partir desta terça-feira (9), a dar mais informações sobre os grupos, quando a inclusão partir de um estranho (ou uma pessoa cujo o telefone não esteja salvo).
Um balão avisará quem adicionou você, há quanto tempo o grupo foi criado e quem é o "dono". Segundo a Meta (dona do WhatsApp), parte dos usuários já tem acesso à ferramenta, que estará disponível a todos "nas próximas semanas".
O WhatsApp quer separar o joio do trigo. Essa ferramenta "ajudará os usuários a permanecerem seguros em mensagens de grupo", diz o aplicativo em comunicado.
"A partir dessas informações, o usuário pode decidir se deseja permanecer ou sair do grupo e revisar algumas das ferramentas de segurança disponíveis para se manter seguro no WhatsApp", diz a empresa em comunicado.
PROTEJA SUA PRIVACIDADE NO WHATSAPP
O WhatsApp lembra que oferece outros recursos de segurança, como silenciar chamadas desconhecidas para evitar ligações de estranhos, conversas protegidas por senha, controle de privacidade no aplicativo e configurações de quem pode adicionar você a grupos.
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