O prefeito de Olho d’Água das Cunhãs, Vaval Gomes (PP) decretou nesta última segunda-feira, 6, situação de calamidade financeira no município. 

A decisão, formalizada pelo decreto nº 124/2025, foi motivada pela grave crise fiscal herdada da administração anterior, sob o comando de Glauber Azevedo.

O que causa estranhesa é que o atual prefeito foi apoiado pelo ex e sempre falava em continuar o "bom trabalho".

Prefeito Vaval Gomes

Segundo o documento, a calamidade financeira terá vigência inicial de 180 dias, podendo ser prorrogada conforme a necessidade. A nova gestão identificou uma série de problemas nas contas públicas, incluindo uma folha de pagamento pendente de aproximadamente R$ 4 milhões referente aos servidores efetivos de dezembro de 2024, além de atrasos salariais de servidores comissionados de novembro e dezembro do mesmo ano.

Se essa moda pega, vai faltar auditor para tanta calamidade. Em Bacabal se tem notícias de que o prefeito Roberto Costa também quer fazer auditoria na secretaria de finanças e no SAAE que deve mais de 3 milhões de reais.

Em Olho d’Água das Cunhãs o  decreto também evidencia inadimplência elevada com fornecedores de serviços essenciais e o aumento desproporcional das despesas em comparação às receitas do município. 

Entre as dívidas estão encargos relacionados a precatórios e demandas judiciais. Aqui vou fazer uma ressalva. Essas dívidas judiciais não impactam as finanças municipais, porque são inscritas em orçamento e podem ser pagas por acordo, diretamente com os tribunais.

Foto Reprodução Redes Sociais

Medidas para Enfrentar a Crise

Para reverter a situação, a gestão de Vaval Gomes implementará medidas rigorosas de controle financeiro e reorganização administrativa. As ações incluem:

  • Reavaliação de contratos para eliminar gastos desnecessários;
  • Renegociação de dívidas com credores e fornecedores;
  • Suspensão de novos investimentos que dependam de recursos próprios;
  • Redução de 30% nos gastos públicos, com prioridade na preservação de serviços essenciais, especialmente nas áreas de saúde e educação.

OPINIÃO 

Apesar de parecer uma medida necessária, na verdade, o decreto apenas esconde um calote em fornecedores e não estabelece nenhuma regra de saúde financeira para o município. É uma fórmula pronta que serve apenas para encobrir práticas ilegais como fraudes a licitação e contratações ilegais. É preciso ficar de olho.